Suspeito é liberado em audiência de custódia mas retorna armado; apreensão de cinco revólveres caseiros evidencia produção clandestina ignorada pela Segurança Pública
O homem preso pela primeira vez dia 11 de agosto com três armas sendo uma metralhadora avaliada em R$ 17 mil, produzida ilegalmente com uma impressora 3D, um revólver calibre 38, também de fabricação ilegal e uma pistola calibre 380, que segundo o detido seriam revendidas as facções criminosas em Natal, foi novamente detido nesta segunda-feira (1). Ele que teria sido liberado na audiência de custódia do dia seguinte a primeira prisão e estava nesta segunda de posse de cinco revólveres de fabricações ilegais, todos padronizados, com cabos detalhadamente esculpidos e ferros minimamente moldados, evidenciando uma possível linha de produção de armas na cidade.
Curiosamente, o suspeito já possuía histórico criminal pelos crimes de tráfico de drogas (art. 33) e roubo (art. 157). Já nas novas prisões, ele teria informado que as armas não seriam utilizadas para outros ilícitos, mas sim para comercialização ilegal.
A apreensão da metralhadora 3D mostrou como tecnologias modernas estão sendo usadas por criminosos para produzir armas clandestinas, algo antes impensável, mas que tem se intensificado no Rio Grande do Norte. Já os cinco revólveres são semelhantes a um primeiro revólver apreendido no mesmo dia da metralhadora e parecem ter saído de uma linha de produção, reforçam a existência de algo organizado, indicando zelo e padronização na fabricação ilegal.
Fontes ligadas à Segurança Pública do estado afirmaram que há indícios de uma fábrica de armas em Natal, mas que barreiras burocráticas e falta de ações concretas da cúpula estadual dificultam o mapeamento e o desmantelamento do local.
Enquanto isso, resta à população confiar no trabalho de formiguinha das Polícias Militar e Civil do RN, que tentam, de forma isolada, reduzir a disponibilização ilegal de armas de fogo na cidade.
