Ação resultou em oito prisões e expôs a atuação violenta e silenciosa de um grupo criminoso que agia no interior do estado e na Zona Oeste da capital
A Polícia Civil do Rio Grande do Norte deflagrou, nas primeiras horas desta quarta-feira (06), a Operação Umbra, com o objetivo de desarticular uma facção criminosa envolvida em homicídios e outros crimes graves no interior do estado e na zona Oeste de Natal. A ação teve como foco integrantes oriundos do município de São Tomé e dos bairros de Felipe Camarão e Cidade da Esperança, na capital potiguar.
Durante a operação, foram cumpridos dez mandados de prisão temporária e dez mandados de busca e apreensão, expedidos com base em inquéritos que investigam crimes como extorsão mediante grave ameaça e homicídios. Oito dos alvos foram localizados e presos. Outros dois, que estão foragidos, foram identificados em endereços no estado do Ceará.
A investigação é conduzida pela 34ª Delegacia de Polícia de São Tomé (34ª DP), em conjunto com o 1º Núcleo de Investigação Qualificada (1º NIQ/DIP), com apoio da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (CORE/PCRN). Os levantamentos revelaram que parte dos presos exercia papel de liderança em uma facção criminosa e havia rompido com o antigo grupo para formar uma nova organização atuante na região do Potengi. Esse conflito interno entre facções gerou uma série de atos violentos, contribuindo para o aumento da insegurança na região.
Um dos presos é apontado como envolvido direto no assassinato de um ex-prefeito do município de São Pedro/RN, crime que ainda está sob apuração.
As diligências foram realizadas simultaneamente em diversas cidades: Natal, Nova Parnamirim, Tangará, Carpina (PE), Fortaleza (CE) e Itapema (SC). A operação contou ainda com o apoio da 1ª Delegacia Regional de São Paulo do Potengi, 81ª Delegacia de Tangará, Delegacia Especializada de Falsificações e Defraudações (DEFD) e com a atuação dos setores de inteligência das Polícias Civis de Pernambuco, Ceará e Santa Catarina.
O nome da operação, Umbra — do latim “sombra” —, simboliza a forma oculta e estratégica com que os investigados vinham operando, tentando evitar a ação das autoridades. Com a deflagração da operação, a Polícia Civil reafirma o compromisso com o enfrentamento ao crime organizado e à garantia da ordem pública.
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