Operação levou 488 condutores à delegacia em 2025, superando registros da Lei Seca nos últimos anos.
O Rio Grande do Norte registrou, em 2025, o maior número de prisões por embriaguez ao volante desde 2015. Os dados foram divulgados pelo Comando de Policiamento Rodoviário Estadual (CPRE) e são resultado direto da intensificação das fiscalizações por meio da recém-criada Operação Zero Álcool.
Somente neste ano, 488 pessoas foram conduzidas à delegacia após serem flagradas dirigindo sob efeito de álcool em ações da Operação Zero Álcool, realizadas principalmente em Natal e na região metropolitana. O número supera, de forma significativa, os registros anuais obtidos em operações anteriores baseadas exclusivamente na Lei Seca.
Levantamento histórico do CPRE mostra uma oscilação nos índices ao longo dos anos. Em 2016, foram registradas 357 prisões; em 2017, o número caiu para 91; em 2018, foram 79; em 2019, apenas 25; em 2020, 34; em 2021, 44; em 2022, houve novo crescimento com 253 prisões; em 2023, o total chegou a 477; e em 2024, foram contabilizados 349 casos. Em 2025, pela Lei Seca tradicional, houve 23 prisões, enquanto a Operação Zero Álcool concentrou 488 flagrantes no mesmo período.
De acordo com o CPRE, a prisão por embriaguez ao volante ocorre quando o teste de alcoolemia aponta índice superior a 0,33 miligrama de álcool por litro de ar alveolar. Mesmo nos casos em que o condutor se recusa a realizar o teste do etilômetro, a detenção pode ser efetuada se forem constatados sinais claros de alteração da capacidade psicomotora.
O crime está previsto no artigo 306 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e prevê pena de seis meses a três anos de detenção, além de multa, suspensão ou proibição do direito de dirigir.
A Polícia Militar avalia que os números refletem o rigor da nova operação e reforça que o objetivo principal é preservar vidas, reduzir acidentes e conscientizar os condutores sobre os riscos da combinação entre álcool e direção.
