Ação integrada mobilizou quase 6 mil agentes em oito estados, com foco no combate ao crime organizado nas áreas de divisa
O combate ao crime organizado no Nordeste ganhou um reforço de peso nos dias 7 e 8 de agosto. Em uma iniciativa inédita, as forças de segurança de oito estados se uniram para realizar a Operação Nordeste Integrado, que resultou em números expressivos: 320 prisões, 87 armas apreendidas e 443 mandados judiciais cumpridos.
A ação simultânea envolveu Pernambuco, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe, concentrando esforços nas regiões de divisa — áreas historicamente exploradas por grupos criminosos para tráfico de drogas, armas e veículos. Com suporte aéreo e equipes de inteligência, os alvos principais foram homicidas, traficantes, assaltantes de carga e veículos.
Além das prisões, foram apreendidos 40 veículos, 180 celulares e uma grande quantidade de drogas: 1,35 kg de crack e 79 pedras da mesma droga, 6,1 kg e 13 papelotes de cocaína, 271,2 kg e 973 papelotes de maconha, além da erradicação de 200 mil pés de maconha em Curaçá, na Bahia.
No total, 5.903 agentes participaram da mobilização — entre policiais militares, civis, bombeiros e profissionais de outras áreas da segurança pública — abordando 7.688 veículos em pontos estratégicos.
No RN, 250 agentes foram mobilizados, resultando na prisão de 13 pessoas e no cumprimento de 18 mandados de busca e apreensão. As forças potiguares também apreenderam cinco armas de fogo durante a operação.
Para o secretário de Defesa Social do RN, coronel Francisco Araújo, a operação marcou um avanço histórico:
“Este foi um esforço conjunto, que envolveu inteligência, tecnologia e integração. Importante para a sociedade, para dar mais segurança à população de toda a região.”
O subsecretário da Segurança Pública da Bahia, Marcel de Oliveira, reforçou que a união entre os estados foi o grande diferencial, enquanto o secretário de Defesa Social de Pernambuco, Alessandro Carvalho, destacou que o trabalho conjunto cumpriu o principal objetivo: garantir mais segurança à população das áreas de divisa.
A Operação Nordeste Integrado se consolida como um modelo de atuação interestadual, mostrando que quando o crime cruza fronteiras, a lei também cruza — e com mais força.