Alexsandro Nascimento pode pegar até 41 anos de prisão por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e furto; crime ocorreu em 2019, em Lisboa
Ocorre nesta quarta-feira (10), em Natal, o julgamento de Alexsandro Nascimento da Silva, brasileiro acusado de matar o próprio companheiro, o francês Serge Albert Pierre Yves Claude, de 56 anos, em Lisboa, Portugal, no ano de 2019. O crime, que teve grande repercussão internacional, chega agora ao Tribunal do Júri potiguar após cooperação jurídica entre os dois países.
Alexsandro responde pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e furto qualificado, podendo chegar a uma pena de até 41 anos de prisão caso seja condenado. O Ministério Público Federal (MPF) apresentou a denúncia formal em agosto de 2024, após acompanhar o caso desde o início.
Segundo o MPF, após o assassinato, o acusado retornou ao Brasil, fugindo para Natal. Nos dias seguintes ao crime, ele teria atualizado as redes sociais da vítima, além de enviar mensagens e fazer ligações em nome do francês, tentando simular que Serge ainda estava vivo e, assim, confundir familiares, amigos e autoridades portuguesas.
O caso chegou oficialmente à Justiça brasileira após pedido de cooperação internacional do Ministério Público de Portugal.
Relembre o caso
De acordo com a denúncia do MPF, Alexsandro da Silva, então com 22 anos, asfixiou o companheiro dentro da casa onde viviam em Lisboa. Após o assassinato, ele ocultou o corpo na despensa do imóvel, onde permaneceu por dias.
A morte só veio à tona após o proprietário da residência acionar o Corpo de Bombeiros por não conseguir contato com o francês para cobrar o aluguel. Ao entrarem na casa, os bombeiros localizaram o corpo em estado de decomposição.
Além do homicídio, o potiguar também é acusado de furtar diversos bens de alto valor da vítima, incluindo:
- um relógio Rolex, vendido por cerca de R$ 18 mil;
- mercadorias do estoque da loja que Serge mantinha em Portugal, como malas, cintos e sapatos, repassados por mais de R$ 9 mil.
O julgamento desta quarta-feira representa um novo capítulo em um caso marcado por violência, fuga internacional e tentativas de ocultação que mobilizaram autoridades de Portugal e do Brasil.
















