Homem é Condenado a Quase 19 Anos de Prisão por Matar Amigo em Mossoró

Crime, motivado por ciúmes, terminou com a vítima executada a tiros pelas costas em Mossoró; acusado mudou versão no júri, mas foi condenado com base em mensagens de celular e testemunhos.

O Tribunal do Júri Popular de Mossoró condenou, nesta semana, José Fernandes da Silveira Neto, de 23 anos, a 18 anos e 9 meses de prisão pelo assassinato de Erison Felipe Silva Martins, de 25 anos. O crime aconteceu em 13 de julho de 2024, no bairro Boa Vista, e, segundo as investigações, teria sido motivado por ciúmes.

De acordo com a Polícia Civil, José Fernandes acreditava que a vítima estaria interessado em sua namorada, Lorrana Kethely Ferreira Bezerra. Na ocasião, Erison foi atingido por três tiros nas costas e morreu no local. Durante a fase inicial da investigação, o acusado afirmou que, no momento do crime, estava em um espetinho acompanhado da namorada e negou que tivesse qualquer motivo de ciúmes.

Porém, no julgamento, José mudou sua versão. Ele alegou que não foi o autor dos disparos e acusou Samuel Amorim, outro amigo presente no local do crime, de ser o responsável. José alegou que só não fez essa revelação antes porque temia por sua vida, já que Samuel supostamente integraria uma facção criminosa.

Apesar da nova versão, a investigação reuniu provas que contrariaram a defesa. Mensagens extraídas do celular de Rosendo Sales Neto, amigo de José e que também estava na cena do crime, mostraram conversas onde Rosendo pressionava Samuel a confirmar a história de que José estaria em um espetinho com a namorada no momento do assassinato.

Durante os debates no tribunal, o promotor de Justiça Ítalo Moreira Martins reforçou a autoria de José Fernandes, ressaltando o caráter fútil da motivação e a maneira traiçoeira com que o crime foi cometido. Por outro lado, a defesa, representada pelos advogados Otoniel Maia Júnior e Francisco Simone, sustentou a tese de negativa de autoria, mas a argumentação não convenceu o júri.

Ao fim do julgamento, o juiz Vagnos Kelly proferiu a sentença, fixando a pena de 18 anos e 9 meses de reclusão. O Ministério Público considerou a pena adequada diante da gravidade e da motivação do crime. Já a defesa anunciou que pretende recorrer, buscando a possibilidade de um novo júri ou a redução da pena. Segundo os advogados, José Fernandes possui boas relações pessoais e familiares, o que, segundo eles, poderia ser considerado em instâncias superiores.

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