Francisca das Chagas, conhecida como “Rosinha”, já havia sido presa por tráfico de drogas e respondia ao processo em liberdade; a motivação do assassinato levanta suspeitas.
Uma execução rápida, silenciosa e precisa. Assim foi a morte de Francisca das Chagas Pereira de Oliveira, de 37 anos, conhecida como “Rosinha”, assassinada a tiros no início da noite desta terça-feira (17) no Centro de Felipe Guerra, região Oeste do Rio Grande do Norte.
A vítima estava no Espetinho da Lena, um bar popular da cidade, quando dois homens armados chegaram em uma motocicleta e a surpreenderam com vários disparos. Rosinha não teve chance de reagir. Morreu ali mesmo, antes da chegada do socorro. A cena chocou moradores e levantou uma série de questionamentos: quem matou Rosinha — e por quê?
A mulher, natural de Governador Dix-Sept Rosado, tinha um histórico recente com a Justiça. Em fevereiro deste ano, foi presa sob acusação de tráfico de cocaína. Após audiência, conseguiu o direito de responder em regime aberto, desde que seguisse medidas impostas pelo Judiciário — entre elas, a obrigação de comparecer mensalmente ao Fórum da Comarca de Apodi.
Mas o que parecia ser apenas mais um caso de execução em um município do interior ganha contornos mais complexos. A ligação de Rosinha com o tráfico levanta a hipótese de que sua morte tenha sido um acerto de contas. Teria ela rompido algum acordo? Estaria devendo a alguém? Ou sabia demais sobre o funcionamento de alguma rede criminosa?
A Polícia Militar isolou a área logo após o crime, que aconteceu em um ponto de grande visibilidade da cidade. O Instituto Técnico-Científico de Perícia (ITEP) realizou a remoção do corpo, enquanto a Polícia Civil iniciou as investigações, que ficarão a cargo da delegacia de Apodi.
Testemunhas afirmaram que os suspeitos fugiram rapidamente em uma moto, sem deixar pistas. O silêncio e a precisão dos executores reforçam a tese de que o crime foi premeditado. Até o momento, ninguém foi preso.
Enquanto a polícia trabalha para identificar os autores, a população se pergunta: Rosinha foi vítima de uma emboscada motivada por vingança, dívida ou traição? O que ela sabia que não podia ser revelado?
O mistério continua — e as respostas, por ora, seguem enterradas com o silêncio dos que assistiram de perto ao fim trágico de uma mulher que, talvez, soubesse demais.