Crime foi registrado por moradores em vídeo; vítima tentou reagir e acabou sendo baleada por criminoso que fugia em uma moto
O clima de insegurança segue assolando as ruas do Rio de Janeiro. Na madrugada deste domingo (6), mais um trabalhador teve sua vida interrompida de forma brutal. Um motorista foi baleado e morto durante uma tentativa de assalto na rua Santa Alexandrina, no bairro do Rio Comprido, Zona Norte da capital fluminense.
A cena de violência foi registrada por moradores de um prédio vizinho e escancara o drama cotidiano da população diante do avanço da criminalidade. As imagens mostram dois criminosos abordando um homem em um carro branco. Enquanto um deles inicia uma briga corporal com a vítima, o outro, de forma fria, saca uma arma e tenta efetuar disparos. Por duas vezes, aparentemente, a arma falha.
O motorista tenta resistir e troca socos com um dos assaltantes por cerca de 20 segundos. Durante esse tempo, o outro criminoso já estava posicionado em uma moto, aguardando a fuga. Assim que o comparsa consegue se desvencilhar da vítima, corre em direção à motocicleta.
Em um ato de coragem — ou desespero —, o motorista tenta impedir a fuga e se aproxima dos criminosos. Neste momento, o bandido que estava na moto saca novamente sua arma, que desta vez funciona. O disparo atinge o motorista, que cai no chão baleado. A dupla foge em seguida.
Casal narra o crime em tempo real
Além da gravação em vídeo, é possível ouvir a voz de um casal que registra a ação do apartamento. O homem percebe que um dos criminosos engatilha a arma enquanto o comparsa luta com a vítima. A tensão é evidente, e o desfecho trágico logo se confirma.
A Delegacia de Homicídios da Capital (DH) assumiu as investigações e busca identificar os autores do crime. Até o momento, ninguém foi preso.
Mais uma vida perdida, mais uma marca da violência carioca
O caso reacende o debate sobre a crescente sensação de insegurança na cidade do Rio de Janeiro. A cada novo crime, o que se vê é uma população acuada, refém da violência, enquanto trabalhadores pagam com a própria vida por tentar seguir em frente.
A morte deste motorista é mais um retrato da brutalidade que se tornou rotina em muitos bairros cariocas — e um grito por respostas que, infelizmente, ainda não chegaram.