“Quando a lei faz valer na navalha!” O destino de jovens que falam demais e acabam pagando com a dignidade o preço alto do tráfico

A guerra diária e escancaradamente mostrada ao mundo, não é fria, sabemos há tempos que o sobe e desce da criminalidade nas comunidades acuadas causam um efeito duvidoso para os leigos, mas uma certeza indiscutível para quem analisa de cima o assunto, a guerra frouxa e interpretada por muitos como necessária.

O tráfico de drogas e de armas deixou de ser interesse das milícias e donos de morro e já desceu para o asfalto há muitos anos. Esse ampliar territorial causou diversas mudanças no comportamento de interesses de muitos que de maneira oportunista surgiram como protetores dos apelos dos pobres, trazendo consigo uma intenção que mais tarde culminaria nessa barreira até então intransponível, entre o Estado e o poder paralelo. Estamos falando da capital fluminense, porém não seria ignorância da minha parte se estivesse despindo esta realidade em tantas outras cidades brasileiras.

O acúmulo de fatores, como a ausência da qualidade na educação, o acesso do povo a direitos essenciais, a política ainda suja trabalhando bem longe dos miseráveis, aproximam todos a um sacrifício eterno, onde o simples direito de ir e vir e um risco iminente e puramente real. As regras que devemos seguir sob a força de ordens desse poder paralelo, começam exercitadas ali mesmo, nas comunidades. O descumprimento de ordens por parte de qualquer um que ali vive pode ser uma sentença de morte.

Em 2023, quando estive no Rio de Janeiro a trabalho, tive o prazer de conhecer colegas da mesma profissão e que já amargam, como eu, anos de estrada na editorial policial. Naquela ocasião, tomando um café, em uma das entradas do complexo da Penha, uma cena me chamou atenção, algumas garotas caminhavam e outras trafegavam na garupa de motocicletas com a cabeça raspada e segurando fuzis e pistolas, eu nunca tinha visto de perto o que para todos ali era normal. Imediatamente perguntei a um dos companheiros de jornalismo o motivo daquela exibição, para mim diferente.

Sem editar a real motivação o jornalista disse a seguinte frase: “Aqui amigo, traição se paga com o micro-ondas e falar demais (a famosa fofoca), o preço é raspar a cabeça, destacou. Naquele momento o café já não me interessava e logo criei uma desculpa para sairmos de lá, logo porque a matéria que tínhamos em pauta não agrava muito aos barbeiros e churrasqueiros de carne
humana de plantão.

Quando voltei da cidade maravilhosa, cheia de encantos e leis paralelas, recebi de outro colega que ficara na sua árdua missão no Rio, um vídeo, que guardo ele até hj. A prova cabal do cumprimento de promessas daqueles que desdenham da dignidade, da ordem, da lei e pregam fidelidade a morte.

Por: O Equilibrista

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