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Natal, Rio Grande do Norte, 06 de Maio de 2024

Caso Andreia: Andrei detalha relacionamento com a vítima

Sargento da Aeronáutica foi ouvido na manhã desta quarta-feira, durante seu julgamento.

Thyago Macedo   21/03/2012 às 14h51   -  Atualizada em 24/07/2017 às 08h16

Foto: Thyago Macedo

Na manhã desta terça-feira, o sargento da Aeronáutica Andrei Bratkowski Thies prestou um longo depoimento no Fórum Tabelião Otávio Gomes de Castro, em Parnamirim. O réu confesso do assassinato da própria esposa, crime cometido em 2007, revelou detalhes da sua vida, a convivência com a família e o relacionamento com a Andreia Rosângela Rodrigues.

Durante o depoimento, Andrei mais uma vez confessou ter matada a mulher, mas declarou ter feito isso sozinho. Antes disso, o militar fez um relato detalhado da sua vida, inclusive, relatando o seu perfil psicológico, como a dificuldade para se relacionar com outras pessoas. O sargento afirmou que desde criança tinha bloqueios para fazer amigos e, por isso, seu núcleo de amizade girava em torno dos familiares.

“Eu sofria muito porque era gordinho e sempre era motivo de chacota na escola. Então, quase não tinha amigos. Além disso, também tinha dificuldades para me relacionar com mulheres”. O sargento também falou sobre o relacionamento dele com os pais, relatando que ainda novo, passou a ser o principal provedor da família e tendo que sustentar o pai, a mãe e um dos irmãos.

Durante o depoimento, Andrei contou que conhecia Andreia Rosângela desde adolescente, pois os dois se encontravam durante o verão, pois passavam férias na mesma praia. “No entanto, sempre fomos bons amigos, até porque quando ficamos mais velhos, ela tinha outro relacionamento e chegou a ter uma filha. Então, eu sempre respeitei isso a tinha como uma amiga”.

No ano de 2000, porém, os dois iniciaram um relacionamento breve, mas voltaram a se encontrar em 2003 e iniciaram um namoro mais sério. Entretanto, Andrei manteve isso escondido dos pais durante dois anos, até que Andreia teve um indício de gravidez e ele teve que contar aos pais. “Nesse dia, foi uma grande confusão e minha mãe chegou a passar mal, tendo que ser levada ao hospital”.

De acordo Andrei, os pais tinham preconceito pelo fato de Andreia ser mãe solteira. Além disso, a dependência financeira dos pais implicaria no relacionamento dele. Mesmo assim, após a mulher ficar grávida em 2006, ele teve que assumir de vez o relacionamento. A partir daí, iniciou-se uma série de desentendimentos que resultaram na morte de Andreia. 

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