Natal, Rio Grande do Norte, 26 de Abril de 2024

Policiais civis querem repor dias parados com ações especiais de combate à violência

Redação   15/10/2013 às 13h36   -  Atualizada em 03/08/2017 às 15h57

Foto: Divulgação / Sinpol-RN

Mais que uma trégua, o Sinpol propôs ações para o Governo do Estado para reduzir os assustadores números da criminalidade do Rio Grande do Norte, durante reunião realizada nessa segunda-feira (14) com os titulares da Secretaria de Administração (Alber Nóbrega), Controladoria Geral (Anselmo Carvalho) e Consultoria Geral (José Marcelo).

Eles apresentaram uma proposta para que o Governo reponha os salários cortados dos grevistas, mas que faça um Banco de Horas para que os agentes e escrivães e servidores do Itep possam atuar com foco do controle firme da criminalidade, bem como no escoamento da grande demanda reprimida nos últimos dois meses.

A parceria, enfatizou o sindicato, seria positiva para o Governo, que se encontra impossibilitado de pagar Diárias Operacionais (como vem sendo denunciado na mídia constantemente). Mutirões também poderiam ser organizados para fazer Boletins de Ocorrência, assim como emissão de documentos e certidões pelo ITEP.

“Não estamos buscando abono. Queremos trabalhar e essa ação seria positiva para o Governo”, ressaltou o presidente do Sinpol, Djair Oliveira. O presidente da Comissão de Negociação, Alber Nóbrega, juntamente com o controlador, Anselmo de Carvalho, acataram de imediato a proposta para os dias não judicializados (6 de agosto, quando a greve começou, até 6 de setembro, quando houve a decisão judicial autorizando os cortes).

“Mas na contramão do diálogo e adotando postura punitiva e claramente descomprometida com a lástima da segurança pública, o consultor José Marcelo, disse que não estava interessado na fragilidade da área e que as ações do Governo para combater o crime só seriam efetivadas, caso haja recurso para diárias. Caso contrário, ficará tudo como está, evidenciando que não defende negociação entre Sinpol e Governo para reduzir a criminalidade, através da reposição integral das horas da greve”, observa o Sinpol.

O apelo pela reposição foi ratificado pelo delegado geral de Polícia Civil, Ricardo Sérgio, que desabafou não ter como pagar diárias aos policiais. Diante do óbice causado pela decisão judicial, o Sinpol buscará compor com o Governo do Estado junto ao processo, através de uma conciliação judicial.

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Os policiais civis se reuniram ontem à noite em assembleia para avaliar a reunião e voltarão a se reunir na noite do dia 30 de outubro, uma vez que Sinpol e Governo voltam a se encontrar às 10h deste dia. O Governo ficou de fazer levantamento do impacto financeiro quanto à atualização da tabela salarial dos agentes e escrivães e apresentar uma resposta de quando seria possível fazer a implantação.

Ontem mesmo o presidente da comissão governamental, Alber da Nóbrega, enviou ao Sinpol documento ratificando o compromisso de retirar presos das delegacias, implantar serviço de limpeza terceirizada nas unidades, assim como melhorar as condições de trabalho, com estruturação dos prédios e aquisição de armamentos e equipamentos.

No caso do ITEP, reforçou que o projeto para criação da Lei Orgânica e Estatuto seguirá para a votação na Assembleia Legislativa tão logo o Grupo de Trabalho conclua seus levantamentos, o que está previsto para acontecer até o próximo dia 31 de outubro. A governadora Rosalba afirmou ao SINPOL que até o dia 31 de dezembro a Lei teria que ser aprovada, seguindo determinação do governo federal.

*Fonte: Sinpol-RN

 

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