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Natal, Rio Grande do Norte, 28 de Abril de 2024

Delegado geral afirma que não vai tolerar corrupção na Polícia Civil

Fábio Rogério determinou investigação sobre denúncia feita por preso de que agentes teriam feito extorsão.

Thyago Macedo   25/02/2012 às 17h40   -  Atualizada em 24/07/2017 às 07h59

Foto: Thyago Macedo

O delegado geral da Polícia Civil, Fábio Rogério, afirmou que não vai tolerar corrupção dentro da instituição e declarou que as denúncias feitas por um preso sobre possível extorsão por parte de policiais civis serão investigadas com veemência. Nesta sexta-feira (24), um homem acusado de arrombar carros declarou que agentes da Delegacia Especializada em Defesa e Propriedades de Veículos teriam pedido a quantia de R$ 4.800 para arquivar as investigações.

Gustavo dos Santos Gomes, conhecido como “Galego Doido”, foi preso por uma equipe do 5º Distrito Policial, juntamente com Daniel Mendonça, o “Galeguinho”. Os dois são acusados de uma série de arrombamentos de carros em estacionamentos de shoppings, casas de recepção e supermercados, a maioria na zona Sul de Natal.

Após mais de um mês de investigação, os policiais do 5º DP conseguiram chegar aos acusados e os prenderam mediante mandado de prisão. A dupla, inclusive, havia sido flagrada por câmeras de vigilância de um shopping da zona Sul e, diante disso, acabou confessando que havia arrombado um veículo no dia 24 de janeiro.

O detalhe da história é que durante depoimento ao delegado Ulisses de Souza, titular do 5º Distrito Policial, o preso Gustavo dos Santos relatou ter sido vítima de extorsão por parte de outros policiais civis, que seriam lotados na Deprov. O jovem contou que dois agentes foram até sua casa, no Pitimbu, há 20 dias.

Eles teriam invadido o local afirmando que estavam com um mandado de busca e apreensão referente aos arrombamentos dos veículos. No entanto, os policiais teriam pedido a quantia de R$ 4.800 a Gustavo dos Santos. Caso ele pagasse esse valor, as investigações sobre os crimes seriam paradas na Delegacia Especializada em Defesa e Propriedades de Veículos.

Gustavo informou ainda que não pagou a quantia, pois não tinha o dinheiro. “Todas essas denúncias foram colocadas no papel com o depoimento dele. A partir de agora, isso será remetido para a Corregedoria para que se investigue e se descubra se houve realmente e quem são esses policiais”, destacou o delegado geral da Polícia Civil.

De acordo com Fábio Rogério, o preso disse que não sabia os nomes dos policiais, mas os reconhecia. Por esse motivo, o delegado geral informou que serão apresentadas as fotos de todos os agentes da Deprov a Gustavo dos Santos para que ele possa apontar quais os que estiveram em sua casa.

“É importante ressaltar que não podemos culpar ninguém antecipadamente nem afastar os policiais da Deprov. Sabemos que muitas vezes existem pessoas que praticam crimes e usam o nome da polícia ou determinadas delegacias para confundir as investigações. Mas, como essas são denúncias graves, não podemos deixar de apurar”, completou Fábio Rogério.

Por outro lado, o delegado geral lembrou que caso seja comprovada a participação de policiais civis em extorsão eles serão imediatamente afastados e responsabilizados. “Não vamos tolerar casos de corrupção dentro da Polícia Civil e se for preciso vamos punir com todo o rigor da lei”. 

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