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Natal, Rio Grande do Norte, 26 de Abril de 2024

Bandido que puxa gatilho para matar bandido também mata cidadão de bem

Thyago Macedo   28/05/2013 às 08h40   -  Atualizada em 25/07/2017 às 11h14

No último final de semana, publicamos aqui no Portal BO uma matéria sobre o aumento nos casos de homicídios no Rio Grande do Norte, com números assustadores. Em menos de cinco meses, mais de 567 pessoas foram assassinadas. Depois disso, percebi que muitas pessoas comentaram dizendo que a maioria dessas pessoas mortas era de bandidos mortos por outros bandidos e que, sendo assim, era aceitável.

Realmente, a maioria dos homicídios registrados aqui e em qualquer parte do Brasil tem relação com crimes, principalmente, o tráfico de drogas. No entanto, a banalização da morte é um risco muito grande para a sociedade.

Cada vez mais jovens andam com armas na cintura e cada vez mais perdem o medo de atirar e matar alguém. Eles começam matando um traficante rival, a pedido do chefe da sua boca, como prova de valentia. Depois, matam um rival envolvido com gangues ou alguém que se envolveu com uma mulher que ele gostava e tinha relação.

E, depois, meus amigos, as vítimas podem ser comerciantes, dentistas, médicos, professores, jornalistas e qualquer outro cidadão de bem. Sabe por quê? Porque matar acabou se tornando algo natural para esses jovens. Eles já não fazem mais distinção entre o certo e o errado. Para eles, tanto faz matar um viciado que deve dinheiro para boca de fumo ou um trabalhador que saí de casa às 5h da manhã e chega às 22h.

Portanto, é um erro defender que cada vez mais bandidos se matem nas nossas ruas. Lembrem-se que o bandido que puxa o gatilho para matar outro bandido também mata cidadão de bem.
 

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