Natal, Rio Grande do Norte, 15 de Maio de 2024

Núcleo de Custódia da Cidade da Esperança chega ao limite da superlotação

Presos estão dividindo cela com lixo e garrafões com urina.

Sérgio Costa   22/05/2012 às 11h39   -  Atualizada em 24/07/2017 às 10h30

Foto: Sérgio Costa

O Núcleo de Custódia da Polícia Civil, localizado na Cidade da Esperança, parece que chegou ao limite do Caos. A unidade constantemente é destaque na crônica policial do Rio Grande do Norte, por ser palco de fugas e superlotação. Como a própria diretora afirma: “o prédio é um barril de pólvora”.

Hoje, são 87 presos no Núcleo de Custódia, que também ficou conhecido como “Cadeião da Esperança”. O detalhe é que a unidade está abrigando detentos de todos os tipos, com variedades de crimes. Para se ter uma ideia, dois travestis estão entre os detentos e o risco de abuso sexual para com eles é constante.

Um idoso de 64 anos também faz parte da população carcerária do prédio e até mesmo um homem baleado, identificado como Libert Lucena Soares, de 18 anos, está entre os detidos. Outro detalhe é que uma grande quantidade de lixo divide espaço com os presos na cela que foi criada de improviso.

Até mesmo garrafões plásticos cheios de urinas estão dentro da carceragem. A diretora do Núcleo de Custódia, Tânia Pereira, afirma que os presos não fogem da unidade porque não querem. Atualmente, são apenas três policiais militares que prestam serviços para Delegacia Geral da Polícia Civil e trabalham na guarda da cadeia.

O Núcleo de Custódia funciona no mesmo prédio onde antes estava a Delegacia de Plantão da Zona Sul e o 8ª Distrito Policial. Hoje, os moradores da Cidade da Esperança estão em uma delegacia no bairro e precisam ir até Felipe Camarão para registrar alguma ocorrência. Além disso, o risco de fuga em massa é uma realidade que preocupa a população e os poucos policiais que trabalham na unidade.
 

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