Natal, Rio Grande do Norte, 07 de Novembro de 2024

Fórum dos Servidores da Segurança se reúne para discutir onda de violência no RN

Categorias afirmam que já tinham alertado Governo e cobram providências.

Redação   03/08/2016 às 12h30   -  Atualizada em 01/09/2017 às 09h40

Foto: Divulgação / SINPOL-RN

Na manhã desta quarta-feira (3), os representantes de classe dos servidores que fazem a Segurança Pública no Rio Grande do Norte se reuniram mais uma vez para discutir sobre a onda de violência que atinge o Estado nos últimos dias. O objetivo do Fórum de Servidores da Segurança é traçar estratégias e um planejamento a ser cobrado do Governo do Estado.

A reunião do FOSEG foi realizada na sede do SINPOL-RN. O Fórum é composto, além do SINPOL-RN, pela Associação de Cabos e Soldados, Associação de Subtenentes e Sargentos, Associação dos Bombeiros Militares, Sindicato dos Policiais Federais, Sindicato dos Agentes Penitenciários, Sindicato dos Guardas Municipais, Sindicato dos Agentes de Trânsito e Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais.

Desde o ano passado, o FOSEG vem se reunindo com objetivo de apontar encaminhamentos para melhoria da segurança pública. “Já fizemos atos públicos, seminários e cobramos várias vezes do Governo do Estado investimentos nas condições de trabalho e valorização das categorias. Ações criminosas como as que ocorrem nos últimos dias são decorrentes de anos e anos de abandono da Segurança Pública e Sistema Penitenciário”, comenta Paulo César de Macedo, presidente do SINPOL-RN.

Os integrantes do Fórum ressaltam que todas as categorias da Segurança entenderam o momento crítico em que o Estado se encontra e, principalmente, sensibilizaram-se com o temor social e foram para as ruas de maneira abnegada.

“O que vimos nos últimos dias foi uma verdadeira força tarefa unindo todas as esferas por um bem maior, que é devolver a paz às ruas do Rio Grande do Norte. A população pôde contar com o trabalho incansável das polícias desde o início da onda de ataques e não temos dúvida de que esse esforço não cessará. Mesmo diante de tantas dificuldades, mesmo com promoções, níveis, diárias operacionais e salários atrasados, as forças de segurança não se omitem e fazem seu papel”, afirma Roberto Campos, presidente da ACS-PM.

O FOSEG lembra que, nos últimos anos, vários policiais perderam suas vidas em decorrência da criminalidade. “Um policial não pode sair para combater o crime sem um colete a prova de balas, ou com um colete e munições vencidas, não pode sair armado com um revólver enquanto os bandidos usam fuzis. A caça dos criminosos aos policiais é constante. Estando o profissional de serviço ou de folga, ele vive em um estado de estresse total e de preocupação com sua segurança e dos familiares. Então, o mínimo que ele deve ter é condições dignas de trabalho e se sentir valorizado pelo Estado e pela sociedade também”, justifica Paulo César.

O Fórum dos Servidores de Segurança vai solicitar uma reunião com o governador Robinson Faria para detalhar todos esses pontos. “Ninguém melhor do que os próprios operadores da Segurança Pública para identificar as raízes dos problemas e apontar os caminhos no resgate da ordem pública e da sensação de segurança como um todo”, declara José Aquino, presidente do SINPEF-RN, um dos integrantes do FOSEG.

Inclusive, o presidente da Associação dos Bombeiros Militares ressalta que, em novembro do ano passado, o Fórum já tinha entregado esse documento com todas as sugestões nas mãos da chefe do Gabinete Civil, Tatiana Mendes Cunha, bem como solicitado uma reunião com o governador Robinson Faria. “Nesse documento consta todos os pontos que se tivessem sido postos em prática essa crise poderia ter sido evitada. Agora, mais uma vez, o Estado corre atrás do prejuízo”, disse Dalchem Viana.

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