Natal, Rio Grande do Norte, 01 de Maio de 2024

Perícias para flagrantes de drogas estão paradas por falta de reagentes no ITEP

Situação compromete realização de flagrantes de tráfico por parte da Polícia Civil.

Redação   29/05/2014 às 12h23   -  Atualizada em 08/08/2017 às 08h19

Foto: Divulgação / Sinpol-RN
Perito Fabrício Fernandes solicita materiais desde o início do ano, mas não obteve resposta.

A situação do Instituto Técnico-Científico de Polícia chegou ao ponto que os procedimentos periciais para identificação e constatação de drogas estão paralisados. Isso acarreta na impossibilidade de realização de flagrantes e pode beneficiar criminosos que sejam presos com entorpecentes.

Desde o início deste ano, o Laboratório de Análises e Pesquisas Forenses vem comunicando à Direção do ITEP-RN, através de memorandos, que o estoque de reagentes e outros insumos estavam acabando, mas, em nenhum momento, o pedido de compra de material foi atendido, resultando no esgotamento de tal estoque.

Fabrício Fernandes, perito farmacêutico do ITEP-RN, informa que as atividades estão paradas no setor de toxicologia de entorpecente e até mesmo de causa mortis, tendo em vista que faltam reagentes para laudos de envenenamento, por exemplo.

“Quando a suposta droga chega ao ITEP, nós usamos um reagente para fazer a constatação de que é Cannabis Sativa, que é a maconha, por exemplo. Mas, para fins de processo judicial, é preciso fazer um laudo pericial definitivo dessa droga, que também não está sendo feito por falta de insumos”, comenta Fabrício Fernandes.

A Diretoria do SINPOL-RN informa que, diante desse quadro, vai comunicar a situação ao Ministério Público e ao Ministério da Justiça, através de ofício. “Do jeito que está hoje, a Polícia Civil não terá como realizar um flagrante de tráfico de drogas, pois o ITEP não tem como atestar que aquilo é mesmo droga. Além disso, estamos com a Copa chegando e o Rio Grande do Norte vai receber um grande número de turistas. Então, vamos pedir que as autoridades responsáveis e fiscalizadoras intervenham nesse caso”, destaca Renata Pimenta, vice-presidente do SINPOL-RN.

Além da falta de reagentes, os laboratórios do ITEP-RN estão sem vários produtos básicos para o funcionamento. “Para se ter uma idéia, faltam frascos para coleta de sangue. Atualmente, isso está sendo feito em frascos coletores de urina. O que é um absurdo”, completa o perito farmacêutico Fabrício Fernandes.

*Fonte: SINPOL-RN

Tópicos: itep, sinpol, portalbo
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