Publicada: 09/06/2013 às 09h39

“Temos que ter investigação no mesmo nível para todos os homicídios”, afirma delegado

Titular da Delegacia de Homicídios, delegado Laerte Jardim, fala que é preciso mais estrutura e efetivo naquela unidade.

Por Thyago Macedo e Sérgio Costa

O assassinato do advogado Antônio Carlos Souza de Oliveira foi elucidado de maneira rápida e, menos de um mês depois do crime, os possíveis mandantes e o assassino confesso foram presos. A rapidez e bom trabalho investigativo da Delegacia de Homicídios ganharam destaque, no entanto, o próprio titular da Dehom, o delegado Laerte Jardim Brasil, reconhece que nem sempre é assim.

“A Delegacia de Homicídios está de parabéns, porque conseguiu efetivar a investigação e elucidou o crime, embora ainda tenhamos alguns desdobramentos, tanto de ordem processual, como na possível prisão de coautores ou participes. Mas, temos que levar em consideração que é preciso uma delegacia estruturada e com efetivo para que possamos investigar no mesmo nível outros casos”, declarou.

O delegado Laerte Jardim Brasil lembrou que há vários anos tenta-se criar uma Divisão Especial de Homicídios. “Hoje, nós nem sonhamos mais tão grande. Bastava uma Delegacia Especializada que realmente tivesse as condições de estrutura, tanto de pessoal como viaturas e tudo que for necessário para o trabalho de polícia judiciária”.

O titular da Delegacia de Homicídios esclarece ainda que a unidade tem como atribuição pegar casos que passaram por delegacias distritais e municipais e que as investigações não tiveram resultados, bem como casos de exceções em que são designados delegados especiais da Homicídios, como foi o caso da morte do advogado Antônio Carlos.

“A gente pode até se perguntar: e as outras vítimas de homicídios e seus familiares? Nós precisamos de estrutura. Essa necessidade não é para hoje. Precisamos de estrutura, pois cada vez mais aumenta a violência e se não tivermos a nomeação de agentes e pessoas vocacionadas na Delegacia de Homicídios, não adianta ficarmos em apenas um caso. Evidentemente que o advogado Antônio Carlos é uma vítima e merece todo respeito, bem como a investigação também merece, mas temos que colocar investigação no mesmo nível para todos os demais casos de homicídios”.