Publicada: 20/11/2021 às 09h04

Quem vai parar a roleta da morte?

Sequência de assassinatos misteriosos intriga a polícia do RN

Por Sérgio Costa

A semana que passou foi marcada pela dor encarnada do sangue. Famílias inteiras desabaram sobre lágrimas diante de casos até agora sem nenhuma explicação real. Embora a Secretaria de Segurança do Estado aponde uma queda no número de homicídios, a sensação do potiguar é de medo, a violência letal intencional não morreu, está mais viva do que antes. Os episódios fatídicos registrados nos últimos dias, como a morte do motorista por aplicativo em Genipabu, a execução em via pública em Parnamirim e o duplo assassinato de pai e filha em São Gonçalo do Amarante provocaram um norte nas mentes investigativas, por algum motivo específico e novo a roleta da morte não para de girar.

Mesmo com a disputa incessante pelo domínio territorial promovida por facções, como o Primeiro Comando da Capital e o Sindicato do RN, nem todo crime de execução que ocorre na região metropolitana deve ser atribuído a essa guerra, tem gente morrendo da mesma maneira por outras razões de modo que desperta uma reflexão, algumas dessas mortes podem está relacionadas?

A Polícia Civil, que possui divisões especializadas de homicídios em três cidades da Grande Natal, comunga da mesma hipótese e pretende constatar a suspeição após relatos testemunhais e pessoas arroladas nos inquéritos. No último caso ocorrido no restaurante no bairro Santo Antônio, em São Gonçalo, o comerciante Roberto e a filha Rayssa Lopes atestaram talvez o motivo maior para uma investigação bem direcionada permitindo aos presidentes desses inquéritos uma visão mais ampla do carrossel sem controle. Vingança por vingança?