Publicada: 30/11/2019 às 09h05

Polícia Civil divulga fim do inquérito que apurou homicídios em rebelião de Alcaçuz

Por Redação

 Durante uma coletiva de imprensa realizada, na manhã desta sexta-feira (29), o delegado Marcus Vinicius, da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), divulgou os resultados da investigação sobre as 27 mortes que aconteceram dentro da Penitenciária de Alcaçuz, durante motim que foi realizado nos dias 14 e 15 de janeiro de 2017.

As investigações, realizadas por uma comissão especial de delegados da DHPP, revelaram que 216 presos efetivaram condutas criminosas durante o motim. Dentro deste total de investigados, 74 presos foram indiciados pelos crimes de homicídio consumado, associação criminosa, motim e dano ao patrimônio. Um destes presos também foi indiciado pelo crime de homicídio tentado. Outros três presos foram indiciados pelo crime de destruição e vilipêndio de cadáver. Entre os investigados pelo motim, 132 também foram indiciados pelo crime de falso testemunho.

“Durante as nossas investigações realizamos quase 500 oitivas. Nossas equipes de policiais civis ouviram 400 presos, 19 familiares, 24 agentes penitenciários e 23 policiais militares. Diante da complexidade daquele cenário criminoso e do estado dos corpos, tivemos que solicitar a realização de diversos exames periciais entre eles: exames necroscópicos, necropapiloscópicos e DNA, além de entrevista com familiares, culminando com o uso da antropologia forense que veio a identificar as vitimas”, detalhou o delegado Marcos Vinicius.

De acordo com as investigações, morreram 24 presos do Pavilhão 4, um preso do Pavilhão 5,um preso do Pavilhão 2 e um preso do Pavilhão 1.