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Natal, Rio Grande do Norte, 28 de Março de 2024

“Para quebrar o PCC é preciso cortar a fonte de renda”, afirma capitão do GATE

Comandante do Grupo de Ações Táticas Especiais de São Paulo fala sobre a instalação do crime organizado no RN.

Thyago Macedo   17/08/2011 às 07h39   -  Atualizada em 21/07/2017 às 14h36

Foto: Sergio Costa
Oficial da PM paulista está em São Paulo para troca de informações

Um dos caminhos para impedir o avanço do crime organizado no Rio Grande do Norte é cortar a principal fonte de renda: o tráfico de drogas. O pensamento foi exposto pelo comandante do Grupo de Ações Táticas Especiais (GATE) de São Paulo, capitão Adriano Giovaninni, que concedeu entrevista sobre a instalação do Primeiro Comando da Capital, o PCC, no Rio Grande do Norte.

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De acordo com o oficial da Polícia Militar paulista, todo o sistema deve se envolver na luta contra o crime organizado, como agentes penitenciários, policiais militares, civis e polícia técnica. “É preciso fechar a torneira no aspecto financeiro. Só assim, esse movimento será enfraquecido. É isso que a Polícia Militar tem feito em São Paulo”, revela.

No último domingo, o Portal BO publicou uma reportagem exclusiva informando que o PCC tem pelo menos 80 integrantes no Rio Grande do Norte, a maioria dentro da penitenciária de Alcaçuz. A organização criminosa foi fundada nos presídios de São Paulo no início da década de 90.

O capitão Adriano Giovaninni, que já comandou várias operações contra o crime organizado, explica que o dinheiro do tráfico de drogas é a base para financiar vários outros crimes. “Um dos caminhos que tem sido tomado em São Paulo é a ocupação de favelas, onde o tráfico é mais forte”.

Questionado sobre qual seria a forma de impedir ainda mais a difusão do PCC dentro dos presídios do Rio Grande do Norte, o comandante do GATE afirmou que é preciso implantar o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), no qual os presos são isolados e ficam detidos em celas únicas.

“Esse tipo de regime tem contribuído bastante para impedir que os líderes do crime organizado se articulem e planejem ações”, comenta. Apesar disso, o oficial da Polícia Militar de São Paulo ressalta que é quase impossível controlar o relacionamento entre os bandidos, principalmente, porque eles se utilizam de familiares e até advogados. 

Tópicos: pcc, presidios, alcacuz
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