O aumento de casos de unidades básicas de saúde que estão sendo alvo de bandidos em Natal tem preocupado autoridades, usuários e servidores da área, que se reuniram com vereadores na manhã de hoje (28), numa audiência pública proposta pela vereadora Amanda Gurgel (PSTU) na Câmara Municipal de Natal. Na ocasião ficou definido que o assunto continuará sendo debatido junto às secretarias municipais, a fim de se encontrar uma solução viável para combater o problema.
"Vamos realizar reunião com a Procuradoria, com a Secretaria de Administração, Planejamento, porque precisamos encontrar uma solução e não medidas paliativas. Equipamentos básicos e medidas viáveis sugeridas aqui podem ajudar a enfrentar a insegurança, mas precisamos ouvir os trabalhadores", disse Amanda Gurgel que pretende intermediar as discussões.
Arrombamentos e assaltos são constantes e ameaçam a vida dos servidores e da população que precisa do serviço. Desde o ano passado, mais de 40 casos foram registrados.
A audiência contou com a participação do Sindsaúde e do Sindguardas, além de representantes da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e da Secretaria Municipal de Segurança Pública e Defesa Pessoal (SEMDES). A diretora do Distrito Sanitário Norte I, Genilce Almeida, representou a SMS e explicou que a secretaria tem enfrentado o problema. "Estamos utilizando instrumentos como isolamento com cerca elétrica, tentando parceria para rondas policiais em áreas de maior vulnerabilidade, entre outras estratégias, envolvendo a guarda municipal. O município tem o prejuízo material com o roubo de computadores, televisores, equipamentos e a destruição dos imóveis. Mas nossa maior preocupação é com o trauma que servidores e usuários passam", declara.
A diretora do Sindsaude, Ilka Campos, destaca que é preciso haver também o aparato policial que pode ser feito com a guarda municipal. A maioria das unidades de saúde que dispõem de segurança contam com homens de empresas de segurança privada. "Esse assunto já vem sendo ponto de pauta em greves que fizemos desde 2013.
Prometem câmeras, cercas elétricas mas nada fazem. Temos a guarda municipal que pode ser utilizada. Se não há efetivo, que se faça concurso, ou dê um adicional e refaçam as escalas. Precisa implantar guaritas nessas unidades porque há em poucas e, as que têm, são pouco utilizadas", reclama. Já foram registrados arrombamentos e assaltos, por exemplo, nas unidades básicas de Felipe Camarão III, Satélite I, Nova Natal, Valeu Dourado, Mãe Luiza e na Maternidade Leide Morais, entre outras.
Fonte: Cláudio Oliveira / Assessoria CMN