Publicada: 22/07/2014 às 16h13

Delegados vão pedir afastamento coletivo caso titular da Delegacia de Homicídios seja transferido

Por Thyago Macedo

O clima na Delegacia Geral da Polícia Civil não está nada bom. Além de encarar a insatisfação dos agentes e escrivães, após uma negociação salarial que deixou de fora as categorias, o delegado geral Adson Kepler deverá receber um pedido de afastamento coletivo dos delegados que compõem a Delegacia Especializada em Homicídios.

Isso acontecerá ainda esta semana, caso se confirme a transferência do titular da Dehom, o delegado Laerte Jardim Brasil, para outra unidade policial. De acordo com o que foi apurado, a Degepol pretende transferir Laerte para a Delegacia Especializada em Atendimento ao Turista.

O delegado Laerte Jardim Brasil está à frente da Dehom há vários anos e é um dos idealizadores e incentivadores da criação da Divisão de Homicídios, que funcionaria durante 24 horas, atuando de maneira mais rápida na investigação de assassinatos em Natal. O projeto, porém, nunca saiu do papel.

“A decisão do chefe de polícia em remover o delegado Laerte da Delegacia de Homicídios revolta todos os delegados da Dehom, que vão pedir para sair da unidade”, declara o delegado Raimundo Rolim, que trabalha naquela especializada e, atualmente, é responsável pelo inquérito policial que investiga a morte do italiano Enzo Albanese.

A Delegacia Especializada em Homicídios é composta, hoje, por cinco delegados.