Natal, Rio Grande do Norte, 29 de Março de 2024

Adepol emite nota contra decreto que cede prédio da Degepol ao arquivo morto

"Tal ato constitui um desrespeito à Polícia Civil e a sociedade potiguar que clama por mais segurança", afirma a Associação.

Redação   16/07/2013 às 08h00   -  Atualizada em 01/08/2017 às 21h02

Foto: Thyago Macedo / Portal BO
Delegada Ana Cláudia, presidente da Adepol.

Em nota divulgada para a imprensa, a presidente da Associação dos Delegados de Polícia Civil do Rio Grande do Norte (Adepol), Ana Cláudia Saraiva, expressa a indignação e repúdio da categoria ao decreto da governadora Rosalba Ciarlini, cedendo o prédio da Degepol para o funcionamento do arquivo morto do governo.

A delegada afirma que a decisão do governo de implantar o arquivo público estadual vai comprometer o funcionamento dos órgãos de gestão e treinamento da Polícia Civil, bem como da referida unidade policial especializada, além da estrutura administrativa da Polícia Civil.

Veja a nota na íntegra:

A ADEPOL-RN vem a público manifestar extrema indignação e repúdio ao teor do Decreto nº 23.576, de 11 de julho de 2013, publicado por ato do Governo Estadual que determinou a afetação do terreno na Avenida Interventor Mário Câmara, nº 2550, bairro Cidade da Esperança.

No local está situada a sede da Polícia Civil(Degepol), a ACADEPOL (onde está instalado o simulador de tiros para treinamento de policiais civis), além da Delegacia Especializada de Capturas. A decisão do governo de implantar o arquivo público estadual vai comprometer o funcionamento dos órgãos de gestão e treinamento da Polícia Civil, bem como da referida unidade policial especializada, além da estrutura administrativa da Polícia Civil.

O referido ato foi publicado sem qualquer consulta, aviso ou discussão com a instituição, tampouco foi inserido no planejamento da Polícia Civil, acrescentando que até agora a instituição não tem conhecimento de um local adequado para transferência dos órgãos mencionados, no qual passariam a funcionar atendendo a população. Tal ato constitui um desrespeito à Polícia Civil e a sociedade potiguar que clama por mais segurança.

O episódio veio piorar a indignação já existente na classe nutrida em razão das péssimas condições de trabalho e pelos recentes cortes no orçamento destinados ao custeio e investimentos de nossa instituição.

No mês de junho passado sofremos corte no orçamento da Polícia Civil de R$ 4.809.250,00 reais, representando mais da metade do orçamento da Polícia Civil autorizado para o ano de 2013, gerando transtornos para a execução de processos aquisitivos de armamento, coletes balísticos, viaturas, reforma e construção de delegacias, dentre outros.

Entendemos como entidade da Sociedade Civil a importância da implantação do Arquivo Público Estadual, todavia diante dos índices de violência que enfrentamos a Polícia Civil, assim como a segurança pública estadual como todo deveria ser prioridade do Governo Estadual. 

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