Publicada: 02/10/2011 às 20h42

Acusado de agredir universitária em boate nega violência e se sente ameaçado

Rômulo Lemos reconhece que tentou paquerar com Rhanna Diógenes, mas alega que não a agrediu.

Por Thyago Macedo

O jovem Rômulo Lemos, acusado de agredir a estudante universitária Rhanna Diógenes, durante uma festa em boate, na última sexta-feira (2), alega que não cometeu atos de violência e se sente ameaçado após quatro homens terem ido ao seu condomínio e um deles usar arma para “mandar um recado”.

Leia MaisUniversitária é agredida e tem braço fraturado após ser assediada em boate

O Portal BO havia publicado matéria neste sábado (1º) apresentando o relato da estudante Rhanna, que afirma ter sido vítima de uma agressão, após ser assediada por Rômulo, durante festa em uma boate de Ponta Negra. A moça teve o braço fraturado em dois pontos e passou por cirurgia para implantação de pinos e placas no braço direito.

Em contato com a reportagem, o advogado Durvaldo Varandas, do escritório Laurentino, Rocha & Varandas Advogados Associados, apresentou a versão do acusado. “Meu cliente afirma que estava na boate e viu a moça sentada em um sofá. Ele foi até lá e tentou paquerar com ela, que o tratou de maneira rude. Com isso, ele acabou dizendo: ‘como é que pode eu levar um fora de uma gordinha dessa’. Em seguida, saiu de perto dela”, explica.

Ainda de acordo com a versão apresentada por Rômulo Lemos, a estudante Rhanna Diógenes teria passado por ele depois e esbarrado em seu corpo. Pouco tempo depois, ela se aproximou mais uma vez e apontou o dedo para seu rosto. “Rômulo afirma que não conseguiu ouvir o que a jovem dizia, mas percebeu expressão de raiva em seu rosto”, conta o advogado.

Minutos depois, quando Rômulo se preparava para sair da boate foi abordado por Rhanna, que colocou as mãos na gola da camisa dele. O advogado alega que em um ato de reflexo e defesa, Rômulo retirou as mãos da estudante. “No entanto, ele não sabe dizer se ela caiu em virtude dessa ação ou se escorregou, já que o piso estava molhado. Logo depois, meu cliente saiu da boate”, completa Durvaldo Varandas.

O advogado disse também que, entre as 3h e 4h da manhã da sexta-feira, quatro homens chegaram no condomínio onde Rômulo mora, na avenida Abel Cabral, colocaram uma arma na cabeça do vigilante e perguntaram pelo jovem.

“Como o porteiro era novo, não conhecia Rômulo. No entanto, um dos homens atirou para cima e mandou dizer que era pra ele. Agora, meu cliente está muito assustado e desestabilizado emocionalmente. Não estou dizendo que esse ato tem sido cometido por alguém da família da moça, mas é muita coincidência que isso tenha acontecido na sequência dos fatos”, ressalta o advogado.

Ele afirma que, inclusive, o porteiro e o sindico do condomínio, assim como Rômulo Lemos, registraram Boletim de Ocorrência na 2ª Delegacia de Parnamirim. Durvaldo Varandas comenta que seu cliente está com bastante medo e temendo ser vítima de ação semelhante. O jovem, contudo, reforça que não agrediu a estudante.

Sobre a possibilidade de imagens internas da boate terem filmado o ato de violência, o advogado afirma que Rômulo está esperançoso que os vídeos realmente sejam entregues à polícia, tendo em vista que eles vão mostrar que não houve agressão. O caso foi registrado na Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher, na Ribeira, mas o advogado Durvaldo Varandas afirma que vai oficializar um pedido de transferência para o 15º Distrito Policial, em Ponta Negra, já que essa violência não está tipificada na lei Maria da Penha.