Airton Gomes, de 39 anos, foi executado com 12 tiros em novembro de 2014; a vítima foi encontrada em uma estrada de terra, em macaíba com um terço mariano nas mãos
O julgamento começou as 8h desta terça-feira (01), no fórum Municipal Ministro Tavares de Lyra, em Macaíba, região Metropolitana de Natal. A seção foi presidida pela Juiz Diego Costa Pinto Dantas e com a presença do advogado de acusação, Ednaldo Pessoa e uma bancada de três advogados de defesa. O réu Alan Maycon Brown, de 27 anos era acusado de ter assassinado o professor de ensino religioso e filosofia Airton Gomes Teixeira, no dia 25 e novembro de 2014 com cerca de 12 tiros, em Macaíba.
O juri durou cerca de 10 horas, com um intervalo de 20 minutos. Após apresentadas as alegações da defesa e da acusação, o magistrado definiu como culpado o réu tendo ele que cumprir uma pena em 15 anos de reclusão em regime fechado. “Eu já esperava uma condenação justa, possuía convicção diante das provas apresentadas”, disse o advogado Ednaldo Pessoa, logo após o fim dos trabalhos.
A reportagem do PortalBO conversou com o irmão da vítima, André Luiz se mostrou aliviado, assim como toda a família após quase 11 anos de espera pela justiça. “Sabemos que não teremos o nosso Airton de volta, mas pelo menos, esse crime cruel e covarde não ficou impune. Foi muito sofrimento e ainda está sendo para todos nós, esperamos que ele de fato pague pelo que cometeu”, desabafou.
Relembre o caso
O professor Airton Gomes Teixeira foi encontrado morto, com um terço mariano na noite do dia 25 de novembro de 2014, em uma estrada de terra no distrito de Mangabeira, no município de Macaíba, na Grande Natal com várias marcas de tiros no corpo, principalmente na região das nádegas, ao todo foram 12. O delegado Franklin Albuquerque, responsável pelas primeiras investigações realizadas na DHPP destacou na época que o crime tinha características sexuais. Ao longo dos últimos 10 anos a família, alunos e amigos da igreja, onde frequentava, pediam justiça diante de um fato tão cruel.