Natal, Rio Grande do Norte, 28 de Março de 2024

Vigilantes cobram garantia de segurança em audiência na Câmara Municipal de Natal

Mortes e ataques contra vigilantes preocupam a categoria.

Redação   03/05/2016 às 15h48   -  Atualizada em 31/08/2017 às 08h00

Foto: Marcelo Barroso

 Uma audiência pública proposta pelo vereador Sandro Pimentel (PSOL) reuniu na manhã de hoje (03), vigilantes, representantes da segurança pública e privada, vereadores e Ministério Público do Trabalho (MPT), para debater as medidas para integridade dos vigilantes no trabalho. Os números de ataques contra esses profissionais no estado mostram que em 2015 foram 86 atentados, inclusive com feridos.

Entre os casos estão quatro homicídios, sendo dois deles latrocínio, quando os bandidos matam e roubam a vítima. Nos quatro primeiros meses deste ano o número é crescente, uma vez que 31 casos de atentados já foram registrados, com um latrocínio. Não entra nessa conta os vigilantes informais.

Os dados foram apresentados pela Comissão Independente para Assuntos de Segurança Privada (CIASP/RN) durante a audiência. A entidade, que representa os profissionais, pede agilidade na votação do estatuto da vigilância privada, que tramita há oito anos na Câmara Federal.

"É necessário melhorar os mecanismos para o trabalho dos vigilantes para que possam garantir segurança. Somente os bancos são obrigados a cumprir com esses requisitos. O projeto que tramita em Brasília sugere mecanismos como anteparo blindado, alarmes, portas giratórias com detector de metais, pânico silencioso para ser ativado em situação de risco, entre outros", relata o diretor do CIASP.

A promotora do Ministério Público do Trabalho Ilena Neiva, destacou que, além dessas medidas previstas na lei que não tem previsão de ser aprovada, é preciso que sejam implementados planos de segurança efetivos pela Polícia Federal. Esses planos devem levar em consideração a área em que a vigilância contratada irá atuar, fluxo de pessoas, vulnerabilidade, entre outros aspectos para definir a proporção de vigilantes e instrumentos a serem disponibilizados.

"O dimensionamento e execução de um plano de segurança não pode ser a vontade do cliente. As empresas de segurança têm que oferecer um serviço observando todas essas características ao cliente que também precisa estar atento às condições do vigilante que está recebendo, se está descansando direito, se alimentando, se está bem fisco e psicologicamente. Essas são medidas cabais e não paliativas. Colocar um segurança com arama e colete não é medida eficiente", diz a promotora.

O presidente do Sindicato das Empresas de Segurança Privada e Transporte de Valores, Ricardo Roland, argumentou que a mudança no quadro de insegurança para os vigilantes não depende apenas das empresas e que é preciso analisar os impactos da implementação da lei que está tramitando.

"O vigilante é alvo fácil e potencial por estar com arma e colete. Sabemos que é uma atividade de risco, mas tudo o que as empresas tiverem de fazer, precisa estar em lei. Se precisa adotar alguma norma, tem que ser feita por lei", disse. A partir do debate, uma audiência será agendada com a secretária de segurança pública do estado, Kalina Leite, para solicitar iniciativas do Estado. "Vamos marcar uma audiência com a secretária e solicitar uma cabine no CIOSP (Centro Integrado de Operações de Segurança Pública) e a criação de um fórum permanente juntando todos os setores da vigilância pública e privada e assim pedirmos celeridade na votação da lei", propõe o vereador.

*Fonte: Assessoria / CMN

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