Natal, Rio Grande do Norte, 19 de Maio de 2024

Suspeito nutria ódio por personal, que incentivou ex-companheira dele a denunciar violência e perseguição

Homem preso foi identificado como Gabriel Arcanjo, também conhecido como ‘Gagá’.

Redação   03/05/2024 às 06h14   -  Atualizada em 03/05/2024 às 06h16

Foto: PCRN

Na tarde desta quinta-feira (02), policiais civis da 49a DP, 3ª DRP e NIQ, todos de Caicó (RN), prenderam o suspeito de assassinar o personal Whadson Whonam Silva de Araújo, de 35 anos. O crime aconteceu por volta das 04h50min de segunda-feira, dia 29 de abril, no interior da academia pertencente à vítima, no Bairro Barra Nova.

O homem preso foi identificado como Gabriel Arcanjo, também conhecido como ‘Gagá’. Os policiais o detiveram, por força de um mandado de prisão temporária, no estabelecimento comercial onde trabalha, na Rua Manoel Gonçalves de Melo, e depois, o conduziram à sua residência na Rua José Q. de Medeiros, nas imediações da Escola Zuza Januário. Lá, foi cumprido o mandado de busca e apreensão.

Na casa, foram recolhidos vários objetos e roupas. A arma, usada no crime, não foi localizada.

Depois de cumpridos os mandados, Gabriel Arcanjo foi conduzido para a Delegacia de Polícia Civil, onde inicialmente se negou a falar. Disse que só falaria na presença de um advogado. Ele constituiu Ariolan Fernandes.

A Polícia Civil de Caicó tinha informações de que: “o suspeito estava num processo de violência doméstica contra uma senhora”, disse o delegado Leonardo Germano.

O Delegado Luiz Leopoldo, contou que o caso está sendo investigado a partir da linha de que Whadson foi morto por estar ajudando a ex-companheira de Gabriel, incentivando que ela denunciasse as agressões e a perseguição que vinha sofrendo.

“Se trata de um crime em que a motivação é passional e não se trata de uma relação extraconjugal, como se ventilou nas redes sociais. O Whadson Silva ajudava essa senhora que era perseguida pelo suspeito, a denunciar a questão de violência doméstica, procurar a polícia. O suspeito, nutriu um profundo ódio contra o Whadson. Ele não aceitava também o término do relacionamento. Ela não convivia mais com Gabriel, mas ele tem um histórico de perseguição. Houve uma situação em que ele até articulou o roubo do celular dela, para ter acesso ao aparelho”, disse o delegado Luiz Leopoldo.

Na ação realizada na tarde desta quinta-feira, os policiais civis tiveram o apoio de peritos do Instituto Técnico-Científico de Perícia – ITEP. As roupas serão comparadas com as que estavam sendo usadas pelo assassino no dia do crime. Exames irão dizer se tem resquícios de pólvora ou de sangue da vítima nas peças encontradas.

A Polícia Civil já está de posse de imagens de câmeras de segurança instaladas nas imediações da academia da vítima, onde ocorreu o crime. O delegado Luiz Leopoldo contou que com isso, foi possível traçar a dinâmica do fato. “Pudemos identificar, por exemplo, que o indivíduo chega à pé e foge à pé, sozinho. Ele ficou por 1 hora aguardando que a vítima entrasse na academia para poder ceifar-lhe a vida”, revelou.

O delegado Leonardo Germano, ainda disse que a motivação do roubo do celular da ex-mulher de Gabriel, está intrinsecamente ligada à violência doméstica. “O fato ocorreu no início deste ano. Ele articulou o roubo para ter acesso ao celular dela. Isso já está documentado, com o inquérito relatado, com ele indiciado por roubo majorado, em razão dessa circunstância, ciúmes. Ele ainda responde por violência doméstica, praticada por não aceitar o fim da relação e nutria ódio e ojeriza a todas as pessoas do entorno dela”.

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