Natal, Rio Grande do Norte, 29 de Março de 2024

Rebeliões amedrontam população que mora próximo a presídios da grande Natal

Polícia e agentes fazem intervenção nas unidades, mas temem reação violenta de apenados.

Sérgio Costa   08/11/2015 às 09h31   -  Atualizada em 26/08/2017 às 11h34

A Policia Militar e agentes penitenciários do Grupo de Operações Especiais realizam intervenções e revistas nas duas unidades prisionais que foram palco de rebeliões na grande Natal, nas últimas 24 horas. As incursões no pavilhão 2 do presídio Estadual de Alcaçuz e na Cadeia Oública de Natal serão feitas de maneira coordenada e cautelosa devido a reação violenta dos apenados durante a primeira tentativa de controle.

De acordo com o capitão Sandrine, que participou das negociações nas duas unidades, todo o aparato policial possível foi acionado para auxiliar no controle interno e externo dos presídios e permanecerão até que a situação seja controlada. "A nossa força está preparada, portanto temos que agir de maneira cautelosa devido a forma violenta como nossos homens foram recebidos no primeiro contato", relatou.

Paralelo ao problema que se instalou dentro das cadeias é possível observar que os moradores que vivem nas proximidades estão assustados, muitos até foram morar em outros locais por causa do medo. Maria de Lourdes, moradora da comunidade de Alcaçuz revelou que já perdeu as contas de quantas vezes acordou com o barulho de tiros e presos correndo perto da casa dela.

"Eu vivo com medo aqui,  não tem como a gente dormir em paz com esse presídio bem do lado, acho que vou embora deste lugar", disse. Ao todo são mais de 600 detentos que estão rebelados, sendo 250 somente no pavilhão dois de Alcaçuz, restante está fora das celas que foram destruídas na cadeia pública de Natal. 

Foto: Sérgio Costa

 

 

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