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Natal, Rio Grande do Norte, 20 de Maio de 2024

Presídio de Parnamirim também sofre com falta de PMs nas guaritas

De acordo com agentes da unidade, tem dias em que as quatro guaritas ficam desativadas.

Thyago Macedo   27/01/2012 às 06h47   -  Atualizada em 24/07/2017 às 07h08

Foto: Thyago Macedo

O problema de falta de policiais militares para guaritas de unidades prisionais não é exclusividade da penitenciária estadual de Alcaçuz, de onde 41 presos escaparam há uma semana. O Presídio Estadual de Parnamirim, localizado no Pitimbu, sofre do mesmo déficit e também se torna vulnerável a fugas em massas. De acordo com agentes da unidade, tem dias em que as quatro guaritas ficam desativadas.

Nesta quinta-feira, apenas duas delas estavam com policiais militares fiscalizando os 484 detentos do PEP. Segundo foi apurado pela reportagem, essa tem sido a média nos últimos meses, nunca atingido a totalidade das guaritas. “Além disso, por várias vezes tivemos quarto de hora em que todas as bases estavam sem ninguém, o que é um absurdo”, revela um servidor público, que pediu para não ser identificado temendo algum tipo de represália.

O Presídio Estadual de Parnamirim é, juntamente com Alcaçuz, um dos maiores do Rio Grande do Norte, abrigando criminosos de todos os tipos. Assim como nas demais unidades, a carência de policiais militares tem sido o corte nas gratificações que eles recebiam até o ano passado. Com isso, muitos deles ficaram desestimulados e começaram a faltar.

A situação é tão complicada que alguns agentes penitenciários já tiveram que ficar em guaritas para impedir fugas. A quantidade de agentes, aliás, também é insuficiente para a quantidade de presos naquela unidade. Hoje, são apenas seis por cada turno de serviço, quando na verdade seriam precisos cinco agentes para cada grupo de 100 detentos.

Até mesmo o Centro de Detenção Parnamirim, onde antes funcionava a 1ª Delegacia da Polícia Civil, também tem sofrido com a falta de policiais militares para guarda externa. Aquela unidade tem 150 presos e ontem, por exemplo, os policiais que estavam trabalhando lá foram deslocados para fazer a custódia de presos no Hospital Regional Deoclécio Marques, também em Parnamirim. Nesse CDP, são apenas dois agentes penitenciários para tomar conta dos 150 presos.

O preenchimento das guaritas das penitenciárias, principalmente em Alcaçuz, foi uma das principais promessas do novo coordenador da Administração Penitenciária do Rio Grande do Norte, o coronel Severino Gomes Reis. No entanto, passado uma semana da maior fuga da história no presídio de Nísia Floresta, nem mesmo todas as guaritas da base foram ativadas.

Tópicos: pep, guaritas
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