Publicada: 23/03/2015 às 18h56

Presença da Força Nacional não inibe criminosos e matança continua no RN

Por Thyago Macedo

 O movimento nos presídios passou, os presos se acalmaram, os atentados a ônibus já não preocupam, mas uma coisa não mudou no Rio Grande do Norte: a matança. Nos últimos dias, o Estado voltou a registrar números altos de homicídios, tanto na região Metropolitana de Natal como no interior.

Nem mesmo a presença da Força Nacional em solo potiguar é motivo de intimidação para os criminosos. Na sexta-feira, sábado e domingo foram aproximadamente mais de 15 casos de mortes violentas registrados pelo ITEP, somente em Natal e Grande Natal. Se contabilizados os crimes do interior, o número de registro de mortes violentas passa de 20. Isso em um único final de semana.

Já nesta segunda-feira, a matança continua. No início da manhã, um homem foi encontrado morto em Ceará-Mirim e, no final da manhã, um homem foi executado na Praia do Meio.

Alguns de vocês que estão lendo essa coluna vão dizer: Ah, mas a Força Nacional foi chamada ao Rio Grande do Norte para resolver a questão dos presos e dos atentados aos ônibus. E é verdade. Acontece que a Força Nacional é a equipe mais bem preparada no Brasil para conter violência em qualquer estado.

Quando a coisa aperta, o reforço é enviado. Para quem não sabe, a Força Nacional já atua no Rio Grande do Norte, muito antes da vinda desse reforço na semana passada. Uma equipe especial atua aqui em investigação de homicídios.

O que eu quero dizer é que nem mesmo a presença dos homens da Força Nacional circulando pelas ruas de Natal e Grande Natal, até mesmo com aparato de helicópteros, foi suficiente para assustar os criminosos. Pela ordem natural das coisas, eles deveriam se acuar, e só voltarem a “trabalhar” quando a rotina fosse reestabelecida.

No entanto, cada dia mais parece que os bandidos não têm mais medo da polícia. A quantidade de homicídios no final de semana é a prova disso. Criminosos saem às ruas para matar tranquilamente, sem se preocuparem se vão se deparar com a PM, a Força Nacional ou o Exército.