Natal, Rio Grande do Norte, 25 de Abril de 2024

Por falta de reagentes, ITEP não realiza perícia em aproximadamente 500 kg de maconha

Policiais da Delegacia de Narcóticos estiveram no Instituto com grande apreensão, mas o tiveram que voltar sem constatação de que produto é maconha.

Redação   29/05/2014 às 16h47   -  Atualizada em 08/08/2017 às 08h19

Foto: Divulgação / Sinpol-RN

 A falta de reagentes para constatação de drogas no Instituto Técnico-Científico de Polícia pode comprometer uma grande operação realizada pela Delegacia de Narcóticos nesta quinta-feira (29). Policiais da unidade foram até o ITEP-RN para que os peritos fizessem o exame, mas acabaram voltando sem realizar tal procedimento. Com isso, caso a constatação não seja feita em até 24 horas, as pessoas presas com aproximadamente 500 kg de maconha poderão ser liberadas.

A falta de reagentes no ITEP-RN foi denunciada pelo SINPOL-RN após o perito farmacêutico Fabrício Fernandes produzir vários memorandos, desde janeiro, e não obter nenhuma resposta por parte da diretoria do órgão. "Nós vínhamos informando a diretora Raquel Taveira que o estoque estava acabando, mas nada foi feito. O resultado é que as perícias tiveram que ser paralisadas há três dias", afirma Fabrício Fernandes.

De acordo com o perito, além do flagrante da Delegacia de Narcóticos, outros dois casos de apreensão de maconha foram ao ITEP nesta quinta-feira, mas tiveram que retornar.

SINPOL-RN pede providências
A Diretoria do SINPOL-RN informa que, diante desse quadro, vai comunicar a situação ao Ministério Público e ao Ministério da Justiça, através de ofício. “Do jeito que está hoje, a Polícia Civil não terá como realizar um flagrante de tráfico de drogas, pois o ITEP não tem como atestar que aquilo é mesmo droga. Além disso, estamos com a Copa chegando e o Rio Grande do Norte vai receber um grande número de turistas. Então, vamos pedir que as autoridades responsáveis e fiscalizadoras intervenham nesse caso”, destaca Renata Pimenta, vice-presidente do SINPOL-RN.

Além da falta de reagentes, os laboratórios do ITEP-RN estão sem vários produtos básicos para o funcionamento. “Para se ter uma idéia, faltam frascos para coleta de sangue. Atualmente, isso está sendo feito em frascos coletores de urina. O que é um absurdo”, completa o perito farmacêutico Fabrício Fernandes.

*Fonte: Sinpol-RN

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