Publicada: 14/05/2012 às 07h44

Polícia registra matança em Felipe Camarão

Em 72 horas, foram contabilizadas quatro mortes, todas na favela do Fio.

Por Sérgio Costa

As últimas 72 horas foram marcadas por muita violência no bairro de Felipe Camarão, zona Oeste de Natal. Nesse intervalo de tempo quatro pessoas foram executadas em uma comunidade conhecida por favela do Fio. Todas, segundo a polícia, envolvidas com o tráfico de drogas. O último caso aconteceu na noite deste domingo (13).

O primeiro assassinato ocorreu na tarde da quinta-feira, onde um presidiário que cumpria pena no regime semi-aberto foi perseguido e morto por homens que ocupavam um veículo de cor preta. O fato de deu na rua Coração de Jesus, em plena luz do dia.

Na madrugada deste domingo, o alvo dos executores foram dois jovens também moradores da comunidade. Waguinho e Barrão, como eram mais conhecidos, foram mortos na entrada da favela por homens não identificados e que estavam em um carro preto. Os dois tinham envolvimento com drogas, segundo a polícia.

A sequência de mortes não parou por aí. Na noite de ontem, o quarto assassinato foi registrado no bairro e m ais uma vez na favela do Fio. A vítima foi um homem de 41 anos. Francisco das Chagas Miranda estava caminhando na travessa Santa Maria Gorete, quando foi surpreendido por homens encapuzados e fortemente armados. A vítima tentou correr, mas tombou morta no meio da viela.

Francisco foi alvejado várias vezes por tiros de pistola. A reportagem do Portal BO conversou na noite deste domingo com o sargento Gilsemar, responsável pelo patrulhamento em toda zona Oeste na noite de ontem. O policial disse que o clima é de muito medo por parte da população, no entanto, as vítimas dos homicídios relatados são pessoas envolvidas com crimes e geralmente com drogas.

“As mortes que aconteceram nesses últimos dias por qui, são todas relacionadas com o tráfico. Eles se matam uns aos outros como prova de que no mundo das drogas quem não paga acaba pagando com a vida”, declarou. Em todos os assassinatos ninguém prestou queixa sobre as autorias. Por causa do medo a população prefere se manter em silêncio.