Natal, Rio Grande do Norte, 27 de Abril de 2024

Polícia prende pela terceira vez sargento suspeito da morte de advogado

Alvará de soltura concedido ao sargento Carlos não era referente ao novo mandado de prisão.  

   31/07/2013 às 16h22   -  Atualizada em 02/08/2017 às 01h13

Foto: Sergio Costa / Portal BO

A Polícia Civil prendeu, pela terceira vez, o sargento Carlos Ferreira de Lima, suspeito de participação na morte do advogado Antônio Carlos de Oliveira. O policial militar tinha sido detido por força de um mandado de prisão, mas o advogado tinha usado um alvará de soltura referente à outra prisão para conseguir libertar o cliente. 

O sargento Carlos Ferreira foi preso a primeira vez ainda no mês de junho, no dia 21, mas ganhou liberdade provisória através de um habeas corpus e tramitava em segunda instância o julgamento definitivo do pedido de liberdade. Por coincidência, o Tribunal de Justiça julgou favoravelmente ao alvará de soltura, nesta terça.

No entanto, na manhã de ontem, o juiz Ricardo Procópio, da 3º Vara Criminal, tinha expedido outro mandado de prisão preventiva. Em sua decisão, o magistrado chegou a afirmar que a liberdade do policial militar representava um “risco para a paz social”.  

Nesta quarta-feira (31), ao perceber que o sargento Carlos Ferreira tinha sido solto de maneira irregular, tendo em vista que o alvará de soltura não era referente ao novo mandado de prisão, os policiais da Delegacia de Homicídio, comandados pela delegada Karla Viviane, foram mais uma vez realizar a prisão do policial militar, lotado no 11º Batalhão. 

 
Delegada Karla Viviane, da Dehom.
 

O sargento Carlos Ferreira é um dos indiciados pelo assassinato do advogado Antônio Carlos de Oliveira, morto a tiros em maio deste ano. Ele teve prisão preventiva decretada e foi preso pela segunda vez, na manhã desta terça-feira, na Operação Avengers, da Delegacia Especializada em Homicídios. No entanto, foi solto poucas horas depois.

 De acordo com o juiz que expediu o mandado de prisão preventiva, “denota-se que, em liberdade, os denunciados significarão real inconveniente à instrução criminal, ante a concreta possibilidade de obstaculizarem a reunião das provas, pela intimidação que eles representam para as testemunhas que virão depor no processo”. 

A delegada Karla Viviane, que efetuou a prisão, declarou que vai entrar com uma representação junto à OAB, para que seja apurado se o advogado Júnior Smith, que defende o sargento Carlos, agiu de má fé ao usar um alvará de soltura referente a outra prisão do cliente. Ela chegou a declarar que a atitude trata-se de uma falta de respeito para com o trabalho da polícia.

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