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Natal, Rio Grande do Norte, 05 de Maio de 2024

Polícia Federal poderá investigar caso das crianças desaparecidas no Planalto

Thyago Macedo   29/05/2012 às 10h20   -  Atualizada em 24/07/2017 às 09h24

Nesta segunda-feira (28), durante a passagem por Natal dos integrantes da CPI do Tráfico de Pessoas, o Governo do Estado anunciou que irá criar um Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, visando combater essa prática que já destruiu tantas famílias pelo Brasil e que também tem o Rio Grande do Norte como um dos pontos de partida do crime. Um dos casos emblemáticos que entrou na pauta de discussão foi o desaparecimento de cinco crianças no bairro do Planalto.

A CPI do Tráfico de Pessoas tem como presidente e presidente a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e como vice-presidente o senador potiguar Paulo Davim (PV-RN). Durante o encontro realizado na Assembleia Legislativa, nesta segunda, ficou determinado que além da criação do Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, um requerimento será feito ao Ministério da Justiça solicitando que a Polícia Federal investigue o caso do Planalto.

As cinco crianças foram sequestradas entre os anos de 1998 e 2001 e, desde então, a Polícia Civil do Rio Grande do Norte nunca conseguiu apresentar uma resposta concreta sobre o paradeiro delas. Yuri Tomé Ribeiro, hoje com 14 anos, Joseane Pereira dos Santos, hoje com 21 anos, Moisés Alves da Silva, hoje com 16 anos, Gilson Lima da Silva, hoje com 14 anos, e Marília Gomes da Silva, hoje com 12 anos, nunca foram localizados por seus familiares.

“Vamos exaurir todas as hipóteses de apuração desse caso”, declarou o senador Paulo Davim. Outra ação da CPI é solicitar ao Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte celeridade no julgamento dos nove processos de tráfico de pessoas que tramitam atualmente. A senadora Vanessa Grazziotin declarou que o tráfico de pessoas é o segundo crime que mais mobiliza recursos, uma média US$ 30 bilhões no mundo inteiro. Para a presidente da CPI, a legislação brasileira é “insuficiente e incorreta” em relação a esse crime.

“Muitas pessoas acham que tráfico de pessoas está relacionado apenas ao tráfico de mulheres para exploração sexual. Mas vai além disso, pois abrange casos de tráfico de órgãos, adoção ilegal de crianças, trabalho escravo. São muitas as dificuldades para enfrentar esse problema”, disse a senadora.
 

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