Publicada: 01/07/2015 às 15h12

Insegurança: Eu e o medo sentados em uma mesa de bar

Por Sérgio Costa

 Já chega! Definitivamente não dá mais para correr certos riscos em Natal. Sentar em uma mesa de bar, jantar em um restaurante em qualquer ponto da cidade são atitudes perigosas. Uma simples saída com amigos a noite pode se tornar em pesadelo. Diariamente eu testemunho vítimas ainda nervosas prestando queixa de assaltos ocorridos nesses estabelecimentos e, o que é pior, nas últimas semanas parece que os criminosos resolveram intensificar suas ações, e com sucesso.

Os arrastões são sempre praticados com muita violência, em alguns casos que registrei os assaltantes chegaram a atirar para tornar crime mais objetivo e aterrorizar as vítimas; eles gostam disso. Esses criminosos realizam tais ações na plena certeza de que dificilmente serão pegos, pelo menos nos últimos cinco casos nenhum deles foi preso.

A verdade é que a população em geral está em pânico, extremamente inconformada com a falta de uma ação imediata para frear essas quadrilhas que também agem invadindo residências. Não digo isso baseado em conversas que ouvi dizer, mas em fatos que acompanho noite adentro, em delegacias e nas ruas.

Outro dia, quando fui agraciado com uma folga do trabalho, resolvi ouvir uma boa música ao vivo em um bar ali pelas bandas da avenida da Integração. Fiquei em uma mesa com a minha respectiva e motorista da vez e pedi alguma coisa para beber. Sinceramente amigos e amigas, eu não consegui me sentir relaxado. Cada carro que parava, cada sujeito que entrava pela porta do bar eu olhava desconfiado e pensava: “é agora que eu vou deixar de contar a história para fazer parte de uma”.

Permaneci algumas horas no local, bebi com o medo naquela mesa de bar, mas consegui chegar em casa a salvo.

Recebi aqui por e-mail uma nota da Secretaria Estadual de Segurança Pública informando que os suspeitos dos assaltos registrados nos últimos dias nos bares, restaurantes e churrasquinhos, já foram identificados pela inteligência da polícia e que a Sesed intensificou a fiscalização para combater os criminosos.

Não é o meu papel bater de frente com uma opinião contrária sobre a assustadora insegurança que vivemos, apenas reporto, divulgo o que de fato eu vejo e constato de perto, para não fraquejar na dúvida quando alguém ousar despertá-la.