Natal, Rio Grande do Norte, 20 de Abril de 2024
Redação 15/04/2013 às 13h17 - Atualizada em 25/07/2017 às 09h29
Uma das presas na Operação Máscara Negra, que desmantelou um suposto esquema de faturamento em shows nas cidades de Macau e Guamaré, ganhou direito de ficar presa em casa. Kaliny Karen da Fonseca Teixeira teve a prisão convertida pela juíza convocada do Tribunal de Justiça, Ada Galvão, tendo em vista que está no sétimo mês de gravidez.
Além de converter a prisão da suspeita para domiciliar, a juíza indeferiu quatro pedidos de Habeas Corpus de outros presos na Operação Máscara Negra. Kaliny Karen era secretária de Turismo do município de Guamaré e apontada pelo Ministério Público como uma das articuladoras do esquema ilegal de superfaturamento nos shows.
“[Kaliny Karen] deve ser recolhida ao domicílio e de lá se ausentar somente mediante autorização judicial”, frisou a magistrada. Os habeas corpus indeferidos foram dos acusados Emilson Borba, Katiúscia Miranda da Fonseca Montenegro, Geusa de Morais Lima e Kelley Margareth Miranda da Fonseca Texeira.
A defesa do acusado Clodualdo Bahia também ingressou com um pedido de soltura, mas a magistrada considerou que o teor do pedido expresso pelo advogado não se enquadra em matéria de plantão judicial. O processo foi distribuído para a desembargadora Zeneide Bezerra.
Prisões prorrogadas
Na sexta-feira (12), a juíza Cristiany Vasconcelos, da Comarca de Macau, acatou pedido do Ministério Público e prorrogou por mais cinco dias a prisão temporária de 11 investigados na Operação Máscara Negra. A atuação do MPE desvendou suposto esquema de contratação fraudulenta de shows musicais nos municípios de Macau e Guamaré.
Em seu pedido, o Ministério Público argumentou que a medida continua sendo imprescindível para a continuidade e aprofundamento das investigações, “tendo em vista que nem todos os malotes decorrentes das buscas e apreensões foram remetidos e analisados pelo órgão ministerial”.
O órgão ministerial afirma que os investigados, quanto interrogados, não têm cooperado com as investigações - exceto Rogério Medeiros Cabral Júnior – “dando respostas desconexas e evasivas, denotando a coesão da quadrilha para tentar impedir o total descortinamento do modus operandi das contratações fraudulentas e desvios de recursos”.
Segundo os autos, desde o início da operação diversos empresários, cujas empresas foram alvos de busca e apreensão, têm se apresentado de forma voluntária para prestar esclarecimentos e informações relevantes para as investigações, de modo que a liberdade dos investigados pode vir a impedir ou a influenciar na colheita dessa prova.
*Com informações do TJRN.