Publicada: 11/08/2017 às 08h36

Entidades médicas do Estado lançam campanha contra a violência

"Médicos contra a violência", tem como objetivo participar junto com a sociedade do apelo pela paz

Por Redação

Entidades médicas do Rio Grande do Norte realizaram coletiva de imprensa na tarde de hoje (10) para anunciar o lançamento da Campanha “Médicos contra a violência”. Fazem parte da organização da campanha o Sindicato dos Médicos do RN – Sinmed RN, Conselho de Medicina – CREMERN, Associação Médica do RN – AMRN e Academia Norte-rio-grandense de Medicina.

Durante o lançamento da campanha foram apresentados dados do impacto da violência na rede de saúde. De acordo com Marcos Lima, presidente do CREMERN, no ano de 2016 o Hospital Walfredo Gurgel – maior hospital do RN – teve 56 atendimentos por mês de pacientes vítimas de violência. Este ano, até o momento, a média é de 62 atendimentos por mês. “Dado que vem aumentando de forma progressiva”, afirma Marcos Lima.

Já com relação aos óbitos no hospital, nos últimos seis meses 36% deles foram em decorrência da violência (por assaltos, associados ao tráfico, violência doméstica, entre outros).

“Esse é um momento em que as entidades médicas estão se unindo para cobrar dos gestores uma possibilidade de acabar com essa onda de violência. Vamos cobrar mais atenção neste aspecto para dar a população mais qualidade de vida”, enfatizou Manoel Marques, diretor do Sinmed RN.

As entidades médicas já organizam um novo encontro para debater o tema da violência com toda a categoria médica e demais representantes da sociedade para o dia 17 de agosto, 19h30, no auditório da Associação Médica.

Sugestões de medidas que podem ser tomadas devem ser divulgadas após a reunião com a sociedade e demais entidades e setores sociais. “Essa é a contribuição que esperamos dar. A responsabilidade do gestor é fundamental, ele é quem deve tomar decisões. A responsabilidade é dele, ele é quem foi eleito para isso”, afirmou José Rosendo, presidente da Associação Médica.

Médicos Contra a Violência

A insegurança vem ceifando vidas, comprometendo a qualidade de vida da população, o direito de ir e vir, inclusive a assistência a saúde, provocando um incremento de pacientes críticos num ambiente de insuficiência de leitos para esse cuidado, entre outros dramas sociais coletivos e individuais. Não podemos ficar inertes como meros observadores e por este motivo decidimos iniciar a campanha “Médicos Contra a Violência”.