A reportagem solicitada não foi encontrada.

Natal, Rio Grande do Norte, 27 de Abril de 2024

Delegados apresentam resultado da investigação da morte de Antônio Carlos

Thyago Macedo   06/06/2013 às 13h50   -  Atualizada em 25/07/2017 às 15h12

Foto: Sergio Costa / Portal BO

A equipe da Delegacia Especializada em Homicídios (Dehom), responsável pelas investigações da morte do advogado Antônio Carlos de Souza Oliveira, esperou prender o suposto assassino para só então declarar o caso elucidado e apresentar detalhes do inquérito. Lucas Daniel André da Silva, o Lukinha, foi preso nesta quarta-feira (5) e confessou o crime, por isso, nesta quinta-feira (6), os delegados convocaram a imprensa para falar sobre as investigações.

Roberto Andrade, titular do inquérito, Raimundo Rolim, Karla Viviane e Laerte Jardim Brasil estiveram na Delegacia Geral da Polícia Civil e esmiuçaram detalhes do caso. De acordo com eles, a morte do advogado foi mesmo motivada pela disputa de um terreno comprado pela vítima em São Gonçalo do Amarante.

“O advogado comprou o terreno, no loteamento Santa Luzia, através de uma imobiliária, no entanto, o mesmo terreno já tinha sido vendido por outra pessoa para Expedido José dos Santos. A partir daí, iniciou-se discussões e ameaças entres os dois”, relata o delegado Roberto Andrade.

Terreno que teria motivado a briga e a morte do advogado Antônio Carlos
 

Ele explicou que Expedito José chegou a construir um grande muro cercando o terreno, no entanto, no dia 13 de abril, Antônio Carlos reuniu alguns amigos, foi até o local e derrubou o muro. “Em seguida, o advogado enviou uma mensagem para Expedito informando que o muro tinha sido derrubado. O Expedito então disse, naquele momento, que Antônio Carlos iria pagar tijolo por tijolo”, completou o delegado.

A partir dessa briga, Expedito teria pedido ajuda de Lucas Daniel e mais um homem conhecido apenas pelo apelido de “Irmão Marcos”. Eles passaram a planejar a morte do advogado e, na noite de 9 de maio, foram até o bar onde a vítima estava, na zona Oeste de Natal. Eles estavam no veículo Doblô, de cor prata e placas NNW-6343, de propriedade de Expedito.

Casal suspeito de ser o mandante do crime e, ao lado, a Doblô usada no crime totalmente queimada
 

O próprio Expedito, aliás, era quem dirigia o carro no momento do crime. Lucas teria sido o responsável por entrar no banheiro do bar e atirar seis vezes contra o advogado Antônio Carlos, sendo que cinco disparos atingiram a vítima. No dia seguinte, após a polícia ter conseguido chegar até o veículo suspeito, Expedito decidiu fugir do Rio Grande do Norte junto com a companheira, Francine Andrade de Souza.

Os dois foram para a região de Limoeiro do Norte, no Ceará, mas antes disso queimaram o Doblô, em Jaguaribe, também interior do Ceará. Durantes as investigações, a polícia conseguiu chegar até o veículo queimado e após confirmar que se tratava do mesmo carro usado na morte de Antônio Carlos, localizou e prendeu o casal por suspeita do homicídio.

Expedito e Francine estão presos, mas negam que tenham qualquer envolvimento com o assassinato. Lucas Daniel, por sua vez, confessa que executou o advogado e ainda detalhe a participação do possível mandante. Agora, a polícia trabalha para tentar localizar pelo menos mais quatro pessoas que teriam alguma relação direta e indireta na morte.

Delegado Raimundo Rolim fala sobre o caso:

 

© 2011-2024. Portal BO - O 1º Portal Policial do RN - Todos os direitos reservados - Política de Privacidade

Título