Publicada: 13/11/2017 às 20h03

Capitão PM faz retratação à Polícia Civil

Styvenson já havia se retratado um dia após o ocorrido, em maio de 2016

Por Roberta Trindade e Sérgio Costa

Em acordo firmado entre o capitão da Polícia Militar Styvenson Valentim e o Sindicato dos Policiais Civis do Rio Grande do Norte, (SINPOL/RN) homologado na 6ª Vara Cível de Natal. O PM emitiu nota de retratação.

Segue retratação na íntegra:

“Diante do acordo firmado judicialmente perante a 6ª Vara Cível entre eu, Eann Styvenson Valentim Mendes, capitão da Polícia Militar, e o Sindicato dos Policiais Civis do Rio Grande do Norte, acerca do vazamento de uma conversa particular no dia 28 de maio de 2016 através do aplicativo Whatsapp, em que emiti uma opinião sobre um determinado fato ocorrido no dia anterior para a outra interlocutora cujo conteúdo afetou de forma generalizada os bons, assíduos e sérios policiais civis do Rio Grande do Norte. Venho, publicamente, sem constrangimento ou qualquer sentimento de vexame ou submissão pedir, mais uma vez, minhas sinceras desculpas por toda mágoa causada aos integrantes da Polícia Civil do Rio Grande do Norte, esperando, assim, com esse pedido de desculpas extirpar toda e qualquer animosidade, visando restabelecer a imagem e idoneidade da instituição e dos policiais que se sentiram ofendidos, colocando fim ao processo existente bem como retomando o trabalho em conjunto e harmonioso das partes em prol da sociedade potiguar.”

Em entrevista ao PortalBO, o capitão disse que apesar da retratação feita um dia após o fato, a Polícia Civil moveu uma ação. "Não havia necessidade de acionar a justiça já que eu havia me retratado, mas estou me retratando novamente", explica o PM (ex-comandante da Lei Seca).

A ocorrência

Saonara Suzane da Silva, supervisora logistíca conta que naquele dia ela seguia para casa do ex-sogro quando ocorreu uma colisão envolvendo quatro veículos, em Lagoa Nova. Entre os motoristas, um homem que estaria sob efeito de álcool. "O problema é que ele não fez teste de bafômetro e sumiu na delegacia. Falou que era advogado e nada aconteceria. O delegado falou que não podia fazer nada. Até hoje o motorista não foi penalizado",reclama Saonara.

Revoltada, a mulher desabafou nas redes sociais. "Eu estava indignada com a lei seca. O capitão viu minha postagem e entrou em contato comigo me explicando que a Lei seca (operação que era realizada na época) não estava ligada ao fato da ocorrência. Foi aí que trocamos o whats e ele me mandou um áudio, se referindo ao trabalho da polícia civil", explica.

O áudio que o capitão fazia menção ao trabalho da Polícia Civil viralizou causando desconforto entre a PM e a PC.