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Natal, Rio Grande do Norte, 15 de Maio de 2024

Cabo Jeoás será considerado desertor caso não se apresente hoje

Policial tem mandado de prisão decretado pela justiça da Bahia, mas ainda não se apresentou.

Thyago Macedo   13/02/2012 às 14h38   -  Atualizada em 24/07/2017 às 07h16

Foto: Cedida

O cabo Jeoás Nascimento, presidente da Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, tem até a meia noite desta segunda-feira (13) para ser apresentar ao Quartel do Comando Geral da PM. Caso contrário, será considerado desertor e terá que cumprir prisão militar.

O policial já tem um mandado de prisão decretado pela Justiça da Bahia, tendo em vista que é membro da Associação Nacional dos Praças e esteve envolvido da greve dos policiais militares baianos. O mandado está com o comandante geral da PM do RN, coronel Francisco Canindé de Araújo Silva, desde a segunda-feira da semana passada, dia 6.

Como até esta segunda-feira (13), o cabo Jeoás Nascimento não se apresentou e também não foi detido, ele é considerado foragido da Justiça, mas terá a situação agravada a partir da meia noite de hoje. “O Estatuto da Polícia Militar estabelece que após sete dias se apresentar aos seus serviços o policial é considerado desertor”, explica o comandante geral.

Hoje, Jeoás já é considerado ausente do 1º Batalhão da Polícia Militar, onde está lotado. “Passadas as primeiras 24 horas sem ir ao trabalho, ele já está ausente e isso já foi publicado no Boletim do Batalhão. Caso ele não se apresente até meia noite, será feito o inventário de todos os objetos dele naquela unidade e, em seguida, lavrado um termo de deserção”, conta.

De acordo com o coronel Araújo Silva, o documento é enviado para o Comando Geral da PM e para a 11º Vara Criminal de Natal, onde também funciona a Auditoria Militar. Na sequência, a diretoria de pessoa da Polícia Militar estabelece o corte do salário dele imediatamente. Confirmada a deserção, independente de mandado de prisão, o policial terá que cumprir uma prisão militar de 60 dias.

“Caso ele se apresente ou seja preso amanhã, por exemplo, ele será encaminhado para a Justiça da Bahia, que decidirá onde ele ficará preso ou se revogará o pedido de prisão. Se ele ganhar liberdade no processo da Bahia, terá que cumprir de toda forma a prisão militar de 60 dias”, comentou Araújo Silva.

O cabo Jeoás Nascimento é um dos 12 policiais militares que tiveram prisão decretada durante a greve da Polícia Militar na Bahia. O movimento grevista foi encerrado neste domingo (12) e agora os policiais lutam por anistia e pela revogação dos mandados de prisão. O policial potiguar está incomunicável desde a semana passada e até mesmo seus companheiros da Associação de Cabos e Soldados da PM/RN declaram que não sabem onde ele está.

Na semana passada, Jeoás chegou a postar em seu Twitter pessoal que estava na Bahia e que os advogados da ACS estavam tentando reverter a decisão judicial. O processo de deserção será desenvolvido na Justiça do Rio Grande do Norte e pode render ainda ao policial sua expulsão dos quadros da Polícia Militar. 

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