Publicada: 09/02/2015 às 11h39

Arrombar caixa eletrônico no interior é tão fácil quanto roubar pirulito de criança

Por Thyago Macedo

 O cidadão comum vai a qualquer banco pagar uma conta ou sacar dinheiro e é obrigado a enfrentar filas. Além disso, os sistemas funcionam em horário limitado impedindo algumas transações à noite ou finais de semana. Mas, para a bandidagem, arrombar caixa eletrônico em cidades do interior é tão fácil quanto roubar pirulito de criança.

Isso ocorre por dois motivos. Primeiro, não há policiamento de vergonha em 90% das cidades do interior. São três, quatro ou cinco PMs, no máximo, para cuidar da segurança dos moradores, dos bens públicos e privados também e ainda manter a ordem. Segundo, a maioria dos caixas eletrônicos é instalada em locais que não atendem medidas mínimas de segurança.

Alguns, funcionam dentro de estabelecimentos comerciais. Outros em prédios simples, sem reforço em sua estrutura física. Até terminal bancário com porta de rolo se encontra no interior. Os próprios bancos vacilam na segurança e, claro, sofrem prejuízo semanalmente.

Mas, o prejuízo maior quem sofre é a população. Além do risco de ter sua cidade invadida por bandidos fortemente armados durante a madrugada, uma agência que é explodida tem levado meses para ser reestruturada e voltar a atender as pessoas.

Em algumas cidades que tiveram seus bancos destruídos por explosivos, os moradores precisam se deslocar todos os meses para municípios vizinhos, para poderem sacar salários, aposentadorias ou simplesmente pagar algumas contas.

O arrombamento de caixas eletrônicos é, talvez, a modalidade de crime mais fácil para os bandidos, atualmente. Se não é a mais fácil, pelo menos é a mais tranquila. Os assaltantes têm garantia total de que não serão “perturbados” durante suas ações no interior.