Publicada: 09/07/2016 às 01h29

Agentes penitenciários decidem suspender greve

Paralisação ia acontecer a partir deste sábado.

Por Redação

Após uma reunião realizada com o Governo do Estado, no final da tarde desta sexta-feira (8), os agentes penitenciários do Rio Grande do Norte decidiram suspender o movimento grevista que estava marcado para começar neste sábado. A decisão foi tomada após a categoria receber uma contraproposta apresentada oficialmente pelo Governo em resposta a pauta de reivindicações.

A chefe do Gabinete Civil, Tatiana Mendes Cunha, colocou três pontos referentes a pauta. Ela disse que a aplicação dos quinquênios e o salário base será pago, bem como o retroativo de janeiro a julho, mas isso só será feito em setembro. Além disso, ela disse que o Governo vai garantir aos agentes um auxílio fardamento. No entanto, o valor sugerido pelo Gabinete Civil, juntamente com a Sejuc e Secretaria de Administração, é diferente ao que foi proposto pelos agentes penitenciários.

"Outro ponto que gerou impasse entre a pauta e o que foi apresentado pelo Governo é questão das horas extras dos agentes penitenciários. O Governo sugeriu pagar o mesmo valor das DOs", comenta Vilma Batista, presidente do Sindasp-RN.

Em relação a atualização dos níveis, conforme consta no Estatuto da categoria, o Gabinete Civil propôs criar uma comissão, comandada pela Sejuc, para que seja definido o percentual e posterior efetivação. Tal comissão contará com a participação do Sindasp-RN. Sobre perdas salariais, o Governo alegou que, assim como tem dito a outras categorias, só poderá negociar na segunda quinzena de agosto.

"A categoria, em votação realizada na frente da própria Governadoria, entendeu que, no momento, a greve poderia ser suspensa para que pudéssemos melhorar os itens apresentados pelo Governo. Diante disso, esperamos que tenhamos avanços concretos nos próximos dias, pois os agentes não aguentam mais serem tratados com migalhas ou nem isso. Queremos e merecemos respeito por parte dos gestores. Ao longo dos anos fomos abandonados e o resultado está aí: um sistema penitenciário falido e em caos. Chegou a hora de mudar essa realidade", afirma Vilma Batista.