Natal, Rio Grande do Norte, 24 de Abril de 2024
Thyago Macedo 12/11/2015 às 10h09 - Atualizada em 26/08/2017 às 11h34
As recentes trocas de acusações envolvendo alguns delegados da Polícia Civil são apenas um demonstrativo público de uma verdadeira guerra que existe nos bastidores da instituição e que perdura ao longo de vários anos.
O quadro de delegados na Polícia Civil do RN é rachado. São verdadeiros “grupinhos” que disputam status e medem força constantemente. Ora o grupo liderado por delegado X está no poder, controlando a Degepol e a Sesed, ora outro grupo do delegado Y assume essa função.
Essa inversão de papéis e poder gera perseguições, acusações e uma série de outras implicações que influenciam diretamente na qualidade do serviço prestado.
Isso porque, geralmente, o que está em jogo na hora da designação à atividade policial não é a competência e sim o “lado” em que determinado delegado está.
Atrevo-me a dizer que boa parte da falência do Sistema de Segurança Pública, em especial da estrutura investigativa da Polícia Civil, é culpa desse racha entre os delegados, que são os gestores.
Há muito tempo que a Polícia Civil do Rio Grande do Norte atua dessa maneira: com uma “guerra de egos”.