A PM despida

Já algum tempo a Polícia Militar do Estado do Rio Grande do Norte vem sofrendo com os constantes ataques dos bandidos à bases da PM.

Comumente vemos policiais sendo atacados por bandidos fortemente armados a fim de agir nas cidades. O alvo principal desses bandidos com certeza é, e sempre será, o interior do Estado. Isso por que o efetivo policial nessas localidades são ínfimos, reduzidos muitas vezes a apenas um ou dois policiais diariamente.

O problema é que o baixo número de policiais lotados nas cidades interioranas afetam não só a segurança dos cidadãos, mas também a segurança dos próprios policiais.

Casos em que os policiais de serviço são feitos reféns já se tornou comum no interior do Estado. Em julho do ano passado, por exemplo, dois policiais militares de serviço no Município de Serra do Mel foram espancados e humilhados quando mantidos reféns pela quadrilha que tentou roubar o terminal de autoatendimento de um banco da cidade. Os dois policiais citados foram obrigados a sair correndo em direção a um matagal com as mãos amarradas, enquanto os bandidos atiravam em suas direções.

Na madrugada desta quarta-feira (14), entretanto, os bandidos ousaram mais uma vez contra os policiais militares do interior do Estado: após renderem os policiais e explodirem um caixa eletrônico da cidade de Coronel Ezequiel, sem, no entanto, conseguirem levar o dinheiro da máquina, cerca de dez homens armados levaram os dois PM's de serviço na cidade como reféns e os abandonaram somente de roupas ínitmas em uma cidade da Paraíba.

A ação e ousadia dos bandidos refletem a situação em que se encontra o policiamento no interior do Estado. O baixo efetivo e a falta de estímulo para os policiais que prestam serviço nas cidades distantes da Capital Potiguar favorecem essas ações cada vez mais ousadas contra a polícia local, que gradativamente vai se despindo. 

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